O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sinalizou que os EUA não deram a Israel um prazo para concluir a campanha contra o Hamas, apesar da crescente pressão de aliados internacionais, funcionários de seu governo e membros do Partido Democrata para que Israel encerre a ofensiva em Gaza.
Em declarações após encontro com o presidente da China, Xi Jinping, em São Francisco, Biden foi enfático ao defender a recusa dos EUA em solicitar um cessar-fogo na região de Gaza. Ele argumentou que o Hamas mantém posições de ataques contra Israel e que o grupo terrorista se comprometeu a manter os ataques, justificando assim a posição americana.
O presidente americano disse que a guerra de Israel contra o grupo terminaria “quando o Hamas não mantivesse mais a capacidade de assassinar, abusar e simplesmente fazer coisas horríveis” contra Israel.
Biden ressaltou a mudança na estratégia de ofensiva das forças israelenses, de bombardeios aéreos para operações terrestres mais focadas, visando reduzir baixas civis. Ele mencionou ainda a precaução em relação a áreas civis, citando a proteção a hospitais e a possibilidade de evacuação para profissionais médicos.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) “reconhecem que têm a obrigação de usar o máximo de cautela possível ao perseguir seus alvos, não é como se eles estivessem correndo para o hospital, derrubando portas, puxando pessoas para o lado e atirando em pessoas indiscriminadamente”, disse o presidente americano.
Além disso, o presidente dos EUA indicou a possibilidade de um acordo de reféns estar próximo, mencionando uma “pausa” acordada pelos israelenses, embora tenha reconhecido interrupções no processo, dizendo manter uma “esperança cautelosa”.
Já as FDI reportaram um ataque aéreo à residência do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Gaza, alegando seu uso como centro de atividades terroristas. Paralelamente, a polícia israelense afirmou ter neutralizado um suspeito de ataque a tiros no posto de controle entre Jerusalém e Belém.
Fonte: Valor Econômico

