A receita trimestral da AstraZeneca superou as expectativas, impulsionada por seus segmentos de oncologia e biofarmacêuticos e pela forte demanda nos EUA.
A gigante farmacêutica anglo-sueca informou nesta terça-feira (29) que, no segundo trimestre, o lucro por ação principal subiu para US$ 2,17, ante US$ 1,98 no mesmo período do ano anterior. A receita aumentou de US$ 12,94 bilhões para US$ 14,46 bilhões.
Analistas esperavam um lucro por ação principal — a métrica preferencial da empresa, que exclui itens excepcionais e outros itens não recorrentes — de US$ 2,16 sobre vendas de US$ 14,15 bilhões, de acordo com um consenso compilado pela empresa.
A receita nos EUA cresceu 13%, atingindo um recorde de US$ 6,32 bilhões. A farmacêutica tem como meta que 50% de sua receita total venha do país até 2030, ante 44% no segundo trimestre.
No início deste mês, a AstraZeneca anunciou que investiria US$ 50 bilhões nos EUA até 2030. Os planos incluem um novo centro de fabricação na Virgínia, que será seu maior investimento individual em manufatura no mundo e está em linha com sua ambição de gerar US$ 80 bilhões em receita, afirmou a empresa.
No segmento de oncologia, principal negócio da farmacêutica, a receita aumentou 18%, para US$ 6,31 bilhões, após os lucros terem sido impulsionados pelas vendas do medicamento para câncer de pulmão Tagrisso e do quimioterápico Enhertu.
A receita com biofarmacêuticos aumentou 8%, para US$ 5,6 bilhões.
Para 2025, a AstraZeneca continua prevendo um aumento na receita total em uma alta porcentagem de um dígito. O lucro por ação (LPA) principal deve aumentar em uma baixa porcentagem de dois dígitos.
A AstraZeneca aumentou seu dividendo intercalar semestral em 3%, para US$ 1,03 por ação.
As ações subiram 128 pence, ou 1,2%, para 109,18 libras. Atualmente, acumulam alta de 4,2% no acumulado do ano.
Fonte: Valor Econômico