Enquanto o primeiro atua contra diabete, o outro é usado no tratamento da esclerose múltipla; confira quais os lotes com problemas
- O Estado de S. Paulo.
- 6 Nov 2023
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou profissionais de saúde e a população sobre lotes falsificados dos medicamentos Ozempic e Tysabri. O Ozempic é utilizado para tratamento de adultos com diabete tipo 2. Enquanto, o Tysabri é recomendado para tratar esclerose múltipla.
O alerta sobre o medicamento contra a esclerose ocorre após a empresa detentora do registro, Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda., comunicar à Anvisa a identificação, no País, da falsificação do produto biológico Tysabri, lote FF00336, válido até janeiro de 2026. Segundo o laboratório, esse lote foi produzido apenas para fins institucionais, e não comerciais, e tem características divergentes das constantes no medicamento original, vendido nas farmácias.
A Anvisa publicou a Resolução 3.874/2023, que adota medidas para evitar a circulação, a distribuição e o uso desse lote falsificado. Para identificar o Tysabri falsificado, a empresa menciona que há erros na embalagem de ortografia do endereço da empresa responsável pela importação e distribuição do produto no País, diferença nas cores da faixa laranja e azul, formatação das letras e ausência da inscrição em braile.
Em relação ao Ozempic, a Anvisa recebeu outro comunicado, dessa vez da empresa Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda., responsável pela marca. A empresa denunciou como falso, no mercado brasileiro, o lote LP6F832, que indicaria ser válido até novembro de 2025.
A Novo Nordisk não considera esse lote das canetas válido e, portanto, trata-se de um produto falsificado. A Anvisa publicou a Resolução 3.945/2023, que também determina a apreensão e a proibição de comercialização, distribuição e uso do medicamento falsificado. Em seu site, a Novo Nordisk orienta o consumidor a desconfiar de preços muito baixos, pontos de vendas não tradicionais e lembra que o Ozempic só é vendido em canetas pré-preenchidas injetáveis. Não existe outra apresentação.
MAIS ORIENTAÇÕES.
A Anvisa recomenda que a população e os profissionais de saúde somente adquiram medicamentos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa (dentro da caixa) e com nota fiscal. Caso identifiquem unidades suspeitas de falsificação, não devem usar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro para verificar sua autenticidade.
Além disso, o fato deve ser comunicado imediatamente à Anvisa, preferencialmente por meio do sistema Notivisa, no caso de profissional de saúde. Já os pacientes podem denunciar a existência do medicamento falsificado na ouvidoria, por meio da plataforma FalaBR, com login (CPF) e senha cadastrados no portal Gov.br.
A consulta do histórico de produtos irregulares já identificados no Brasil pode ser realizada no sistema de consultas da Anvisa, disponível em seu site. Para mais informações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem a central de atendimento telefônico ao público (0800-6429782), disponível das 7h30 às 19h30, de segunda a sexta, exceto feriados. A ligação é gratuita para todo o Brasil. • COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL
Consumidor deve desconfiar de preços muito baixos e pontos de vendas não tradicionais
Fonte: O Estado de S. Paulo