Por Valor — São Paulo
07/08/2023 11h31 Atualizado há 16 horas
As conversas de paz promovidas pela Arábia Saudita neste final de semana para tentar acabar com a guerra da Ucrânia terminaram sem novos acordos ou resolução, apesar de diálogos “construtivos”, segundo funcionários de países europeus presentes no evento, segundo o “Financial Times”.
A cúpula para a paz recebeu representantes de 42 países e foi promovida pela Arábia Saudita. Entre as nações presentes estava a China, que vem se aproximando da Rússia e já declarou ter uma “parceria sem limites” com Moscou. Segundo presentes no evento, membros do governo chinês demonstraram a intenção de avançar com as propostas de paz e que a própria presença de representantes de Pequim mostram o isolamento da Rússia, segundo o “FT”.
A China indicou também que pretende estar presente em outra cúpula visando propor um acordo para o fim da guerra.
A China enviou ao evento o Enviado Especial para Assuntos da Eurásia e ex-embaixador na Rússia, Li Hui, que segundo comunicado enviado pelo Ministério das Relações Exteriores a agência “Reuters”, teve conversas com todos os países presentes para a busca de um consenso sobre o fim da guerra e disse que a China irá continuar a dialogar para avançar com a proposta de 12 pontos sobre o fim da guerra – sugestão que não foi bem recebida pela Ucrânia, que vê no texto chinês muitas concessões a Rússia.
Os representantes presentes no evento concordaram em criar grupos de trabalho para discutir os pontos propostos pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no plano de paz de 10 pontos que vem defendendo desde o ano passado, que envolve temas como segurança alimentar global, segurança nuclear, segurança ambiental, ajuda humanitária e libertação de prisioneiros.
Andriy Yermak, chefe do gabinete de Zelensky, disse no domingo que as conversas foram positivas e que o diálogo foi voltado a buscar uma “paz justa e duradoura”, segundo o “FT”.
Fonte: Valor Econômico
