Esse é o primeiro grande pedido de recuperação judicial no agronegócio “fora da porteira” em 2024 e envolve uma empresa que nos últimos anos se financiou com instrumentos novos no mercado de capitais voltados ao agro, e portanto com credores mais pulverizados. Acontece em meio ao ciclo de preços baixos dos grãos e aos impactos do clima adverso no campo, um cenário que provoca atraso na decisão de compra de insumos por parte dos produtores rurais.
A apresentou ontem pedido de recuperação judicial. Pela manhã, o CEO, Axel Labourt, e cinco conselheiros renunciaram a seus cargos. O diretor financeiro e de RI, Eron Martins, assumiu o comando da empresa interinamente. Em dificuldades financeiras desde o ano passado, a companhia justificou a decisão em razão dos “desafios significativos que estamos enfrentando atualmente, reflexo inclusive de eventos climáticos diversos e da deterioração das condições dos mercados brasileiro e internacional, os quais, consequentemente, pressionaram nossa estrutura de capital”. A dívida líquida da companhia totalizava R$ 1,5 bilhão em junho deste ano.
Ontem, a ação da caiu 13,27%, acumulando perda de 73% no ano. Em 2023 a queda foi de 62,97%.
Fonte: GLOBORURAL

