Incremento é devido, principalmente, ao contrato de R$ 725 milhões, recém-assinado com o Ministério da Saúde, para o fornecimento de 12,5 milhões de doses da vacina contra a covid-19
PorBeth Koike
, Valor — São Paulo
A farmacêutica Adium — representante da Moderna no Brasil — estima que sua receita neste ano tenha um aumento de cerca de 65% atingindo R$ 1,5 bilhão.
Esse incremento é devido, principalmente, ao contrato de R$ 725 milhões, recém-assinado com o Ministério da Saúde, para o fornecimento de 12,5 milhões de doses da vacina contra a covid-19 e o início das vendas e distribuição de um medicamento para câncer a partir de junho.
Essa é a primeira vez que a vacina da Moderna, cuja tecnologia combate as novas variantes do vírus, é distribuída no Brasil. Essa também foi a primeira compra do governo realizada por meio de uma concorrência desde a deflagração da pandemia o que, segundo a pasta, gerou um economia de R$ 100 milhões.
A expectativa é que o Ministério da Saúde realize outra licitação na metade do ano.
O imunizante deve começar a ser aplicado dentro de cerca de dez dias para pessoas com mais de 60 anos, profissionais da saúde, população com comorbidades e bebês acima de seis meses.
Também está no radar da Adium parceria com a Moderna para outras vacinas que estão em desenvolvimento.
Além da vacina, a farmacêutica deve movimentar neste ano R$ 200 milhões com a venda de distribuição de um medicamento para câncer de pulmão chamado Libitayo. Até então, esse remédio era distribuído pela Sanofi no Brasil.
“Estamos investindo R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento e na ampliação de nossa unidade em Pindamonhangaba [interior de São Paulo]. Queremos que essa unidade seja a nossa plataforma de exportações. Hoje, nossa área de P&A está em Buenos Aires”, disse Alexandre Seraphin, diretor geral da Adium.
Atualmente, a capacidade produtiva da fabricante hoje é de cerca de 70 milhões de unidades por ano. O Brasil abriga uma das cinco plantas fabris da Adium na América Latina.
Segundo o executivo, a fabricante continua apostando em licenciamento de drogas para doenças de alta complexidade, medicamentos próprios e com inovação incremental.
Fonte: Valor Econômico