A Associação da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) divulgou os dados de vendas referentes a junho de 2025, que mostraram uma aceleração no ritmo de crescimento tanto no atacado como no varejo (sell-ine sell-out) em comparação com o primeiro trimestre. As vendas do varejo farmacêutico (sell-out) cresceram 14,6% A/A em junho e 12% A/A no 2T25, enquanto as vendas da indústria farmacêutica (sell-in) subiram 13,4% A/A no mês e 10,3% A/A no trimestre.
O analistas do Banco Safra destacam que o desempenho mais forte de junho pode ser explicado por:
- (i) a temporada de gripe e
- (ii) compras antecipadas de Ozempic e medicamentos similares, que impulsionaram o fluxo de clientes e, consequentemente, as vendas.
O Safra espera que a receita líquida das empresas listadas do varejo cresça entre 12% A/A e 17% A/A no 2T25, o que representa ganho de participação de mercado para Panvel (PNVL3) e Pague Menos (PGMN3).
Em resumo, o Safra mantém a visão positiva para o setor farmacêutico. Apesar do reajuste pouco expressivo da CMED nos preços de medicamentos (+5,06% A/A) e da pressão competitiva sobre as vendas online de HPC, o banco segue otimista com os motores de crescimento de longo prazo.
Além disso, o Safra continua particularmente construtivos em relação a PNVL e PGMN, já que a primeira segue fortalecendo sua presença na Região Sul enquanto melhora sua margem EBITDA.
Quanto à PGMN, o Safra segue confiante na virada da unidade EF e na melhora do desempenho consolidado (+14bps A/A na margem EBITDA estimada para o 2T25), como evidenciado pelos resultados dos trimestres anteriores.
Em relação à Raia Drogasil (RADL3), o Safra acredita em uma leve melhora operacional em comparação ao 1T25 (margem EBITDA 83bps A/A no 2T25E vs. -100bps no 1T25). Por fim, para Hypera (HYPE3), o Safra vai acompanhar mais de perto como evoluem o sell-in, sell-out e as margens nos próximos trimestres, já que a empresa concluiu seu ajuste de capital de giro em abril.
Fonte: O Especialista