No Aché Laboratórios, também do setor farmacêutico e com seis mil funcionários, o aprimoramento da comunicação com os colaboradores tem como ponto de destaque o envolvimento dos gestores, afirma Andreia Vitoriano, diretora-executiva de pessoas e cultura. Segundo a pesquisa da Aberje e Ação Integrada, o principal desafio da comunicação interna é engajar as lideranças como comunicadores. “O real objetivo de gerar significado por meio da comunicação e engajamento com a cultura ocorre com a presença da liderança e entendimento das necessidades dos diferentes públicos”, diz ela.
Na visão da executiva, essa participação dos gestores é fundamental, dada a diversidade da população interna do Aché. “Essa é uma complexidade que não pode ser decodificada somente pelos profissionais de comunicação interna ou de recursos humanos”, afirma. “Temos a responsabilidade de antecipar tendências e garantir a governança dessa relação entre a companhia e os colaboradores, mas o gestor está em contato diariamente com as equipes e, por isso, é um grande aliado dessa comunicação.” Segundo Vitoriano, um grupo de cerca de 140 diretores e gerentes mantém encontros periódicos para acompanhamento dos avanços em relação à cultura, comunicação e negócios. Uma conversa que é desdobrada em fóruns trimestrais, nos quais se somam todos os coordenadores da companhia, formando um grupo de mais de 500 gestores. “Essa abordagem de frequência e sequência nos pontos de contato é um dos exemplos da formação dos nossos rituais de cultura essenciais à comunicação interna”, diz. “Esses rituais transformam os líderes em multiplicadores da cultura e protagonistas da transformação nas equipes.”