IPCA-15 traz alívio, mas seca já pressiona energia e alimentos
Com desaceleração em cinco das nove classes pesquisadas, IPCA-15 tem alta de 0,13% em setembro, abaixo das estimativas
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Além disso, as decisões relativas à adoção de novos medicamentos, infelizmente, não se baseiam em políticas públicas de saúde pré-estabelecidas, como seria de se esperar quando se persegue o máximo de benefícios para a população. Os números atestam o predomínio do interesse mercadológico: em 2022, 83% dos pedidos de incorporação de medicamentos no País foram apresentados pela indústria farmacêutica. Ou seja, a partir da demanda de quem quer vender, uma evidente distorção.
Não estamos falando de alguma nova dipirona, mas de produtos cuja dose única pode chegar a alguns milhões de reais, como é o caso do Zolgensma, utilizado no tratamento de atrofia muscular espinhal e adotado no Brasil com critérios e preços diferentes para o SUS e para a saúde suplementar. Não se trata de exemplo isolado, mas de algo, como vimos, que tende a se tornar cada vez mais recorrente, com impactos crescentes sobre as contas de saúde nacionais.
Além de caras, muitas dessas tecnologias entram no mercado sem evidências científicas robustas. A literatura internacional é fértil em demonstrar que, nem sempre, aos altos custos cobrados pela indústria estão associados benefícios compatíveis. Um exemplo: dois terços das drogas para tratamento de câncer – cujo custo cresceu dez vezes na última década – aprovadas pela agência europeia de medicamentos entraram no mercado sem evidência de aumento de sobrevida ou de ganho de qualidade de vida. Para as que demonstraram algum benefício, a mediana de sobrevida foi de menos de três meses.
“Reajustes predominantemente acima da inflação têm sido observados em diversas atividades econômicas”, afirma a autoridade monetária no Relatório de Inflação
Grandes farmacêuticas francesas foram multadas na última terça-feira, dia 24, por infringir termos criados para evitar a escassez de medicamentos. O cenário de falta de fármacos tem se espalhado pela Europa nos últimos anos, motivando os órgãos responsáveis a impôr novas sanções, regras e intensificar suas fiscalizações.
Por meio de uma lei aprovada em 2020, e ampliada em 2022, a Agence Nationale de Sécurité du Médicament et des Produits de Santé (ASMN) anunciou multas de € 8 milhões (R$ 48,8 milhões) a 11 farmacêuticas.
A XP revisou nesta semana as recomendações das ações do setor farmacêutico, segundo reportagem do ADVFN. O head de cobertura da área de saúde da corretora, Rafael Barros, destacou que observa dentro do segmento alguns desafios no curto prazo.
“A gente vê uma desaceleração no crescimento desse mercado, o que afeta mais a Hypera, que produz remédio para o varejo”, afirmou o executivo durante participação no morning call da XP. Segundo o relatório, há uma redução acentuada no potencial de crescimento da receita do setor.
“Na outra ponta, assistimos às clínicas e hospitais pressionando seus fornecedores por melhores preços e condições. Isso acaba estressando os resultados da Blau e da Viveo, que são alguns dos fornecedores do segmento institucional”, explica.
Dentre os pontos benéficos do certificado estão a maior visibilidade no comercio exterior; aumento do fluxo de carga de importação e exportação; enquadramento na padronização de qualidade Anvisa e diferencial competitivo.
Com isso, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, administradora do aeroporto, obteve duas certificações para os processos de Medicamentos e Produtos para Saúde: 1) Certificado de Boas Práticas de Armazenagem de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos e, 2) Certificado de Boas Práticas de Armazenagem de Produtos Para Saúde.
Foram mais de 50 procedimentos verificados durante a auditoria da Anvisa no Terminal de Carga. Entre eles estão, por exemplo, a disponibilidade de gerador ou plano de contingência adequado para situações de ausência de energia elétrica.
A Red River Talc, subsidiária da Johnson & Johnson (J&J), registrou na última semana um pedido de recuperação judicial. A solicitação é a terceira de empresas ligadas à multinacional e faz parte de uma estratégia da farmacêutica para encerrar processos motivados por acusações de que seu talco para bebês estava contaminado com amianto e poderia ter causado diversos tipos de câncer. As informações são da CNN Brasil.
O plano da J&J conta com duas etapas e busca forçar um acordo com todos os demandantes. O primeiro passo seria transferir toda a responsabilidade do talco na subsidiária recém-criada, e após isso, solicitar a recuperação judicial. O movimento evitaria que a empresa mãe precisasse passar pelo mesmo processo.