‘Brasil é a Disneylândia para a indústria farmacêutica’, diz presidente da ANS

Medicamentos levavam dois anos para entrar no rol obrigatório dos planos de saúde, e agora, aprovação é feita mensalmente; sindicato da indústria de produtos farmacêuticos, o Sindusfarma rebate as críticas

Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), reclamou da fala do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, de que o Brasil é a Disneylândia para a indústria farmacêutica, tendo em vista que medicamentos aceitos no SUS são automaticamente aprovados para serem incorporados na rede privada. Ou seja, as operadoras de planos de saúde são obrigadas a fornecer pelo preço cheio.

“O fato é que as despesas dos planos de saúde com medicamentos são menores do que os recursos desperdiçados com fraudes, como é do conhecimento do senhor presidente da ANS. Comparada a países que têm sistemas de saúde parecidos, a saúde suplementar no Brasil ainda está muito atrasada, tanto na incorporação de novas tecnologias quanto na gestão dos serviços prestados. A fala do presidente da ANS é um desserviço para a saúde brasileira, porque deixa transparecer que ele coloca os direitos dos usuários em segundo plano. Uma retórica descabida e totalmente fora da realidade, que nunca poderia ser dita pelo diretor presidente de uma agência regulatória, que não deve ter lado”, informou por comunicado, o presidente do Sindusfarma.

Após a manifestação da Sindusfarma, a ANS informou que a fala de seu diretor-presidente foi sobre a facilidade que existe, hoje, no país, para que medicamentos de alto custo e, muitas vezes, sem comprovação científica sejam cobertos pelos planos de saúde.

Nísia vê ‘retrocesso’ em relação entre Anvisa e governo

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ser questionada sobre o recente ruído do governo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e disse ver “retrocesso” na relação das agências com o Executivo. Ela afirmou ainda que a vacina contra a dengue, ampliada para toda a população, deve ser uma estratégia somente para 2026 e minimizou o bloqueio parcial de recursos do ministério.

Em conversa com jornalistas nessa quarta-feira (28), Nísia ponderou que Lula apenas levou a público uma reivindicação da indústria farmacêutica por mais celeridade na liberação de medicamentos. Relatou que ela mesma se reuniu com o setor recentemente e ouviu dos representantes dos laboratórios “uma grande demanda por celeridade”.

Carmed lança nova colaboração com a Fini e quer vender 23 milhões de unidades

Almejar a expansão para produtos de beleza ao público infantil não é o único plano da Cimed. A empresa, que tem 5.000 funcionários e faturou R$ 3 bilhões em 2023, quer também entrar no segmento dos cosméticos e perfumes.

Ela abriu negociações com o Grupo Silvio Santos para comprar a Jequiti Cosméticos. As conversas foram reveladas pelo F5, da Folha de S.Paulo, no último dia 17. Divergências por causa do preço fizeram a transação não ser concretizada. Mas a Cimed está em busca de alternativas.

“Há outros players que estamos estudando”, confirma Karla.

A projeção de Adibe é chegar a R$ 5 bilhões de faturamento até 2025.

Brasil é mercado estratégico para lançamento de Wegovy, afirma Novo Nordisk

A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk afirma que o Brasil é um mercado estratégico para o Wegovy, “irmão mais novo” do Ozempic, devido ao alto percentual de pessoas com obesidade e com sobrepeso no país. A companhia iniciou neste mês a distribuição do medicamento na rede farmacêutica e, até o fim desta semana, o Wegovy deve estar disponível nacionalmente. Durante teleconferência de resultados do segundo trimestre, a RD SaúdeCotação de RD Saúde afirmou que já estava abastecendo suas lojas com a caneta emagrecedora.