Cimed assume liderança em vendas nas grandes redes

A maturação de uma diretoria exclusiva com foco nas redes de farmácias, há três anos, respalda a chegada da Cimed à liderança em vendas nesse segmento.

A farmacêutica, que nasceu e cresceu com atuação representativa no pequeno varejo, chegou a 23% de share no grande varejo. Os dados da IQVIA são deste ano e consideram o chamado mercado participativo, que contempla as moléculas e categorias nas quais as farmacêuticas mantêm portfólio.

Com base em números obtidos pela redaçaõ do Panorama Farmacêutico, a receita do laboratório soma R$ 7,8 bilhões, dos quais R$ 3,4 bi provêm do grande varejo.
A ascensão da Cimed nas grandes redes tem como um dos carros-chefes o segmento de vitaminas. “Tivemos o maior índice de sell-out da indústria farmacêutica no período da pandemia e o Lavitan ostenta 160% de evolução média anual em venda de unidades desde 2020”, enfatiza.

Outro marco dessa evolução, para Faria, é o hidratante labial Carmed. O produto, que significou a estreia da farmacêutica na categoria, gerou vendas de R$ 23,5 milhões em um único mês. A projeção inicial era chegar a esse valor em um ano. O montante, registrado em junho, correspondeu a mais de 6% de todo o faturamento da companhia.

Pílula anticoncepcional: EUA usaram mulheres como cobaias

O medicamento, que desde sua comercialização em 1960 permitiu que as mulheres tivessem maior controle sobre seus corpos, por não dependerem dos homens para planejar a maternidade, foi testado em Porto Rico graças a uma peculiar política pública de controle da superpopulação promovida pelo governo local da ilha e pelos Estados Unidos.

Em meio a um boom de natalidade durante a primeira metade do século 20, com muitos cidadãos vivendo em extrema pobreza, a solução dos políticos da ocasião, nomeados pelos EUA, foi encorajar os porto-riquenhos a não terem filhos.

E suas iniciativas, explica Ana María García, professora da Universidade de Porto Rico e diretora de “La Operación”, foram pensadas especificamente para que esta redução populacional ocorresse entre as comunidades mais pobres.A pílula anticoncepcional, que ajudou as mulheres a terem maior liberdade, foi aprovada pelas autoridades dos EUA em 1960 – Getty Images via BBC

“Elas foram dirigidas às mulheres mais pobres, de minorias raciais e menos instruídas do país”, diz Lourdes Inoa, da ONG feminista porto-riquenha Taller Salud.