Fintalk fornece para voicebots motor que entende “brasileirês”

O português falado no Brasil é extremamente diverso, com inúmeros sotaques e uma infinidade de vocabulários e expressões regionais. Entender o que o brasileiro fala, independentemente da sua origem, classe social e idade, não é tarefa fácil, mesmo para robôs. Pois é exatamente isso que a startup nacional Fintalk procura resolver. Ela desenvolveu um motor de processamento de linguagem natural (PLN) focado especialmente para voice bots com português do Brasil e que já está sendo usado por diversas grandes empresas, incluindo C&A, Stone, Cimed e Itaú Avenue. No momento, ela soma 19 milhões de atendimentos por mês e deve ultrapassar 30 milhões até o fim do ano, informa seu fundador, Luiz Lobo, em conversa com Mobile Time.

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Henrique Holzhausen, CHRO da Libbs Farmacêutica, fala sobre a experiência, porque a empresa adotou o regime remoto para as funções do escritório durante e após a pandemia,

“Apostar no home office hoje está muito ligado ao ambiente de autonomia e confiança. Não são todas as funções da empresa que podem ficar 100% remoto, mas ao longo da pandemia vimos que seria possível adotar esse modelo para os cargos administrativos, até porque trouxe resultados positivos, como uma melhor taxa de retenção e de absenteísmo,” diz o diretor da Libbs Farmacêutica.

“Se trabalhamos em um ambiente em que acreditamos que as pessoas são inteligentes, capazes e honestas, temos que dar essa liberdade, que o trabalho remoto oferece hoje, com autonomia e responsabilidade, reduzindo as burocracias desnecessárias por meio de processos para que os funcionários possam se dedicar ao que geram valor para a vida pessoal e para os negócios.”
Como o modelo remoto está dando certo, a Libbs chegou a devolver o escritório e está viabilizando pontos de coworking para quem busca trabalhar fora de casa. Henrique também reforça que a empresa está adotando práticas de “elegância corporativa”, para que os funcionários, na empresa ou em casa, possam administrar melhor a sua rotina de trabalho.

“Por meio da elegância corporativa criamos algumas regras básicas para respeitar o próximo, como restrição de horários para reuniões e proteção do horário do almoço,” afirma o executivo da Libbs.

Máquinas no comando

A Temp Log, voltada à cadeia fria e produtos especiais para a indústria farmacêutica, usa sensores e IA para ações futuras com base em dados coletados, melhor gestão do armazenamento e do transporte de medicamentos e análises prescritivas (que apontam as melhores decisões de acordo com cada cenário), para decisões como seleção de veículos. Aplicativos móveis eliminaram papéis e implementaram fluxos no transporte diferenciados por cliente e fluxos adicionais, como conferência de volume na entrega. Segundo o diretor comercial, Ricardo Canteras, os robôs reduziram em 30% o tempo total do processo logístico.

A Viveo, especializada em saúde, investiu mais de R$ 40 milhões em seus mais de 40 centros de distribuição (CDs). Do total, 25% foram para soluções logísticas, como bloqueio e segregação de produtos e lotes e gerenciamento de estoques por divisão, com alertas de estoque mínimo. O monitoramento de última milha otimizou operações aéreas e rodoviárias com atualização de status do embarque à entrega. Para verticalização, cinco equipamentos que ocupam só 12 metros quadrados chegam a 12 metros de altura para estocar o proporcional a 600 posições paletes, diz o diretor de supply chain, Villeon Jacinto.

Um ano difícil para a indústria de máquinas e equipamentos

A Thermo King, fabricante de sistemas de controle de temperatura de transporte para caminhões e reboques, também adota a agenda da inovação tecnológica como forma de fortalecer seu modelo de negócios. Sistemas de controle de refrigeração que permitem transporte de produtos com necessidade de temperaturas diferentes levaram o setor de fármacos a se tornar um dos principais clientes da companhia. “Uma grande empresa de São Paulo, que era zero refrigerada em medicamentos, adquiriu cem carretas refrigeradas para transporte integral de remédios. O setor vai continuar puxando a demanda por um período”, diz Claudio Biscola, gerente de vendas América do Sul da Thermo King.

O foco das transportadoras está na produtividade

O esforço das transportadoras passa também pelo aumento de participação em contas ou nichos de negócios de maior lucratividade. A Localfrio, de São Paulo, especializada no transporte e armazenagem de medicamentos, cosméticos, equipamentos médicos e hospitalares, decidiu aumentar sua participação no transporte das chamadas cargas oversize – cargas superdimensionadas, principalmente projetos eólicos e industriais. “Desenvolvemos soluções para conquistar novas contas em segmentos importantes, como celulose, eólicos e industrial, máquinas e equipamentos, módulos solares e químico”, conta Rodrigo Casado, CEO da Localfrio. “No primeiro semestre chegamos a R$ 329,9 milhões de receita e a expectativa é fechar 2023 com um crescimento de 20%”, afirma.