Depois do anúncio da saída de Jope, investidores têm defendido a escolha de um novo líder que venha de fora da empresa e uma rápida revisão em seu enorme portfólio de marcas. O desempenho ambíguo de Jope, um veterano de 35 anos na empresa, trouxe novos questionamentos à cultura da empresa de mais de 90 anos, fabricante dos sabonetes Dove, da maionese Hellmann’s e dos sorvetes Magnum.
De acordo com Samuel Johar, presidente do conselho da firma caça-talentos Buchanan Harvey, a Unilever deverá levar em conta, entre os possíveis candidatos de fora de empresa, nomes como Remy Ejel, CEO da Nestlé para Ásia, Oceania e África, e Shailesh Jejurikar, diretor de operações da Procter & Gamble. Lubomira Rochet, ex-diretora da área digital da L’Oréal, pode ser outra candidata, de acordo com Monteyne.
Um ex-executivo da Unilever sinalizou que a empresa poderia recorrer a “sir” Dave Lewis, o ex-CEO da rede de supermercados Tesco, que foi recrutado da própria Unilever e a quem se credita a recuperação da varejista. No entanto, Lewis neste ano tornou-se presidente do Haleon, a empresa de bens de consumo de saúde que foi desmembrada da GSK e que Jope tentou comprar.