Após novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à condução da política monetária e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na véspera da decisão do Copom, voltaram as especulações sobre possíveis novos nomes para assumir a presidência da autoridade monetária a partir do ano que vem.
Isso porque Lula, em entrevista nesta terça-feira à Rádio CBN, Lula usou dos termos “maduro” e “calejado” para descrever o perfil de seu indicado à cadeira do Banco Central. Acontece que o principal cotado para assumir a presidência da autoridade monetária é Gabriel Galípolo, de apenas 42 anos. Com as declarações de Lula, agentes do mercado passaram a enxergar um possível enfraquecimento do diretor de política monetária na corrida para o comando do BC, especialmente se Galípolo votar pela manutenção da Selic em 10,5% na decisão de hoje do Copom.
Nas bolsas de apostas, circulam nomes como o do ex-diretor do BC Luiz Awazu, de 67 anos; o do ex-ministro Guido Mantega, de 75 anos; e o do atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, de 70 anos.
O nome de Awazu voltou a ganhar força pela sua presença no Senado ontem, em audiência pública para discutir a Proposta de Emenda à Constuição (PEC) que trata da autonomia financeira e orçamentária do BC. Em linha com o governo, o ex-diretor de política econômica e assuntos internacionais da autoridade monetária se posicionou de forma contrária à proposta.
Esta última fonte considera a indicação de Awazu “ligeiramente pior que a de Galípolo, mas infinitamente melhor que a de Mantega”.
Outros nomes especulados por agentes de mercado são o do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, de 45 anos, e o do economista André Lara Resende, de 73 anos. Resende foi diretor do BC, presidente do BNDES e fez parte da equipe que criou o Plano Real.
Sobre o economista-chefe do Bradesco, um profissional do mercado de uma importante gestora de recursos da Faria Lima diz:
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Fonte: Valor Econômico

