O volume de vendas no varejo restrito subiu 0,2% em agosto, ante julho, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (15). É a primeira alta após quatro meses de taxas negativas. Em julho, o comércio restrito tinha caído 0,2% (dado revisado após divulgação de recuo de 0,3%).
O resultado de agosto ante julho veio em linha com a mediana estimada pelo VALOR DATA, apurada junto a 22 consultorias e instituições financeiras, que era de alta de 0,2%. O intervalo das projeções para o varejo restrito ia de queda de 0,3% a alta de 0,8%.
Na comparação com agosto de 2024, o varejo restrito avançou 0,4%, resultado maior que o esperado. A expectativa mediana do VALOR DATA era aumento de 0,3%, com intervalo entre recuo de 2,7% e aumento de 4%.
O comércio restrito acumula alta de 2,2% no resultado acumulado em 12 meses até agosto. No resultado em 2025, até agosto, o aumento acumulado é de 1,6%.
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O volume de vendas no varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, material de construção e atacarejo, subiu 0,9% em agosto ante julho.
Os analistas de 22 bancos e consultorias esperavam alta de 0,7%, segundo a mediana do VALOR DATA. O intervalo das projeções ia de recuo de 0,2% a alta de 1,5%.
O IBGE anunciou revisão da taxa de crescimento do varejo ampliado em julho, que tinha sido de 1,3% e foi ampliada para 1,8%.
Na comparação com agosto de 2024, o volume de vendas do varejo ampliado caiu 2,1%. A expectativa mediana pelo VALOR DATA era de retração de 2,2%. As projeções variavam entre recuo de 3,6% e alta de 2,5%.
O resultado em 2025, até agosto, também foi de queda, de 0,4%. No resultado acumulado em 12 meses, no entanto, houve alta de 0,7%.
A receita nominal do varejo restrito avançou 0,5% em agosto, ante julho. Na comparação com agosto de 2024, o aumento foi de 5,4%.
Já a receita nominal do varejo ampliado – que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção – subiu 0,9% em agosto, ante julho. Na comparação com agosto de 2024, houve alta de 2,1%.
As vendas do comércio avançaram em agosto, ante julho, em cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito. Na comparação com agosto de 2024, foram seis das oito atividades com alta.
Na passagem entre julho e agosto, as altas ocorreram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%), tecidos, vestuário e calçados (1,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%), móveis e eletrodomésticos (0,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
No campo negativo, por sua vez, aparecem combustíveis e lubrificantes (-0,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%).
No varejo ampliado, houve alta de 2,3% em veículos, motos, partes e peças e de 0,1% no material de construção, na série com ajuste sazonal. Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo não possui divulgação nessa comparação por não apresentar número suficiente de meses para ser submetida à modelagem de ajuste sazonal.
Fonte: Valor Econômico