Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
29/04/2022 09h16 Atualizado há 10 minutos
A taxa de desemprego no país atingiu 11,1% no primeiro trimestre de 2022, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, ficou em linha do observado no quarto trimestre de 2021 (11,1%) e abaixo do trimestre móvel encerrado em fevereiro (11,2%). O resultado do início de 2022 é bem abaixo daquele registrado no primeiro trimestre de 2021, quando foi de 14,9%, a maior taxa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O desemprego no país também ficou abaixo da mediana das expectativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma taxa de 11,4%. O intervalo das projeções ia de 11,3% a 11,7%.
No primeiro trimestre de 2022, o país tinha 11,9 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrá-lo. O número aponta retração de 0,5% frente ao quarto trimestre de 2021 (62 mil pessoas a menos), embora seja classificado pelo IBGE como estatisticamente estável. Frente a igual período de 2021, houve queda de 21,7% (3,308 milhões de pessoas a menos).
No período, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 95,3 milhões de pessoas. Isso representa queda de 0,5% em relação ao quarto trimestre (472 mil pessoas ocupadas a a menos). Frente ao primeiro trimestre de 2021, o aumento é de 9,4%, ou 8,2 milhões de pessoas a mais.
Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 107,2 milhões no primeiro trimestre de 2022, 4,8% acima de igual período de 2021 (4,9 milhões de pessoas a mais).
Renda
A renda média dos trabalhadores avançou 1,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores, para R$ 2.548.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos. Na comparação com igual período de 2021, no entanto, a renda ainda acumulada queda de 8,7%.
Na média, o rendimento deste início de 2022 é R$ 241 menor que os R$ 2.789 de igual período de 2021.
Já a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 237,673 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O número aponta variação de 1% em relação ao quarto trimestre (R$ 2,377 milhões a mais), mas o desempenho é considerado estatisticamente estável pelo IBGE. Frente ao primeiro trimestre de 2021, houve variação de 0,2% (mais R$ 405 milhões), também classificado como estabilidade pelo instituto.
Fonte: Valor Econômico

