Dois dos principais estrategistas de Wall Street ficaram mais otimistas em relação às bolsas nos EUA devido aos sinais de um mercado de trabalho robusto, resiliência econômica e redução das taxas de juros.
Michael Wilson, do Morgan Stanley, que estava entre as vozes mais pessimistas sobre ações até meados de 2024, melhorou sua visão sobre as chamadas ações cíclicas em relação aos pares defensivos mais seguros, destacando os dados expressivos de emprego da última sexta-feira e as expectativas de mais cortes nas taxas de juros do Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Seu colega no Goldman Sachs David Kostin também aumentou suas expectativas para o crescimento dos lucros das empresas do índice S&P 500 no próximo ano, já que uma perspectiva macroeconômica sólida impulsiona as margens. O estrategista atualizou sua meta de 12 meses para o benchmark de 6.000 para 6.300 pontos, o que implica ganhos de cerca de 10% em relação aos níveis atuais.
“Continuamos a acreditar que estamos em um ambiente ‘bom é bom’ em termos da resposta do mercado de ações aos dados de crescimento econômico/trabalho”, escreveu Wilson em uma nota. “O mercado de títulos está se tornando menos cético sobre um pouso suave, um sinal importante para investidores de ações.”
As bolsas americanas se recuperaram após uma liquidação no verão do hemisfério Norte devido às preocupações com a recessão e à flexibilização da política do Fed. Os operadores esperam que o banco central reduza as taxas em mais 1 ponto percentual até maio, de acordo com dados de swaps. O sentimento também foi impulsionado na sexta-feira, quando os números do relatório do mercado de trabalho (“payroll”) foram divulgados e vieram muito mais fortes do que o esperado.
Wilson disse que a configuração é um bom presságio para ações menores dos EUA, que devem se beneficiar da melhora da atividade empresarial e do sentimento, bem como do menor posicionamento do investidor. O estrategista aliviou sua aposta de longa data em empresas de grandes capitalizações, citando um risco-retorno mais fraco no curto prazo.
O J.P. Morgan Chase divulga seus resultados na próxima sexta-feira, fornecendo uma atualização sobre a lucratividade dos bancos e dando início oficialmente à temporada de balanços.
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Fonte: Valor Econômico

