O Hospital Sírio-Libanês definiu seu novo CEO. Será o engenheiro Fabio Fossen que, nos últimos três anos e meio, ocupou a presidência da Cruzeiro do SulCotação de Cruzeiro do Sul Educacional. O grupo de ensino superior informou na noite de quinta-feira (16) a sua renúncia.
Fossen vai compartilhar o cargo de CEO com o cardiologista Fernando Ganem, diretor médico geral do Sírio. Esse formato de gestão com duas lideranças — um engenheiro e um médico — foi implementado em 2021, quando o Sírio-Libanês trouxe pela primeira vez um executivo de mercado sem formação de medicina para o posto. Na época, o nome escolhido foi do engenheiro Paulo Nigro, que permaneceu como CEO até setembro do ano passado.
A escolha foi realizada pelo conselho de administração do Sírio-Libanês, presidido por Denise Jafet. “Temos diversas frentes de atuação com o mercado, e a versatilidade e experiência do Fabio nos apoiarão neste momento de expansão”, disse Denise.
Fossen foi o primeiro executivo de mercado a ocupar a presidência da Cruzeiro do Sul, cujos principais acionistas são as famílias Figueiredo e Padovesi e o fundo soberano de Cingapura (GIC). Ele foi nomeado presidente da Cruzeiro do Sul em agosto de 2021 e ficará até meados de fevereiro. A cadeira será ocupada de forma interina por Renato Padovesi, que é de uma das famílias controladoras e que já compartilhou a presidência do grupo educacional com Fábio Figueiredo.
A Cruzeiro do Sul é, atualmente, a companhia de ensino superior mais cobiçada do mercado num possível processo de consolidação entre os grandes grupos. Isso porque a empresa reúne um conjunto de fatores como: crescimento de matrículas em cursos presenciais (modalidade que a concorrência perde alunos), não ter alavancagem e estar em São Paulo.
Com receita de aproximadamente de R$ 3,2 bilhões, o Sírio-Libanês é um dos hospitais de referência pelo seu corpo clínico, pesquisas e atendimento médico tanto para pacientes da rede privada quanto do SUS.
Nesses últimos três anos, o Sírio-Libanês abriu novas frentes, como a criação de uma faculdade de cursos na área da saúde, um fundo patrimonial para investir em pesquisa, ensino e abertura de unidades ambulatoriais, além de ampliação do negócio de gestão de planos de saúde empresariais.
A faculdade do Sírio -Libanês tem graduações presenciais de enfermagem, fisioterapia e psicologia e foi autorizada para iniciar processo de abertura de curso de medicina.
O Sírio também tem uma unidade hospitalar em Brasília, cuja receita é da ordem de R$ 1 bilhão.
O projeto de expansão do Sírio-Libanês contempla um novo hospital dia, erguido dentro do complexo imobiliário O Parque, na zona sul de São Paulo, com investimento de R$ 150 milhões. A estratégia de ter uma unidade com esse perfil é devido ao comportamento dos pacientes e atendimentos. Hoje, cerca de 70% dos procedimentos demandam internação de um a dois dias e a telemedicina é cada vez mais presente. Esse projeto faz parte da estratégia do Sírio de ter um grande hospital de alta complexidade e unidades menores no seu entorno, nas regiões em que está presente. O planejamento contempla ainda a construção de dez a 15 clínicas médicas especializadas que demandarão aporte de R$ 800 milhões até 2032.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2021/Y/Z/X6tzfaSpGSBZJHRbVCtw/captura-de-tela-2021-11-19-as-11.52.08.png)