O volume de serviços prestados no país subiu 1% em setembro, ante agosto, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, houve recuo de 0,3% ante julho (após revisão de dado divulgado inicialmente como queda de 0,4%).
Com o aumento, o setor de serviços renova o ponto mais alto de sua série, superando em 0,6% o antigo patamar mais elevado (julho de 2024). Além disso, o volume total de serviços está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020, informou ainda o IBGE.
Na comparação com setembro de 2023, o indicador teve alta de 4% em setembro desse ano. No resultado acumulado em 12 meses até setembro, houve aumento de 2,3%. Já o acumulado no ano até setembro é de crescimento de 2,9%.
A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo VALOR DATA, de 0,7%, em setembro ante agosto. O intervalo das projeções ia de alta de 0,1% a elevação de 1,1% em setembro.
Já a expectativa mediana para o resultado de setembro de 2024, frente a setembro de 2023 era de alta de 3,4%, com intervalo de projeções entre alta de 2% a crescimento de 4,2%.
O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 1,1% na passagem entre agosto e setembro. Na comparação com setembro de 2023, a receita de serviços teve alta de 8,4%.
Em setembro, frente a agosto, 16 das 27 unidades da federação investigadas registraram taxas positivas. Os aumentos mais expressivos foram observados em São Paulo (6,9%), seguido por Rio de Janeiro (3,0%), Santa Catarina (8,0%), Minas Gerais (3,3%), Distrito Federal (9,2%) e Amazonas (18,9%). Em contrapartida, houve quedas, no volume de serviços no mesmo período, Rio Grande do Sul (-10,4%) liderou as perdas do mês, seguido por Mato Grosso (-13,9%) e Mato Grosso do Sul (-11,2%).
“As empresas mais inovadoras, com grande receita, têm sede em São Paulo, como os serviços de tecnologia da informação; de agenciamento de espaços de publicidade nas mídias sociais; administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade; e intermediação de negócios por aplicativos e plataformas de e-commerce”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, em comunicado. “Já o estado do Rio de Janeiro foi destaque em setembro por conta de um festival musical de grandes proporções na sua capital”, completou ele.
O volume de serviços cresceu em quatro das cinco atividades em setembro, na comparação com agosto: profissionais, administrativos e complementares (1,4%); informação e comunicação (1,0%); transportes (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,4%). O único recuo do mês foi em outros serviços (-0,3%).
“Adicionalmente, o índice de difusão de setembro de 2024 chegou a 60,2%, com taxas positivas em 100 dos 166 tipos de serviços pesquisados”, informou o IBGE.
“Em setembro, tivemos vários setores que impulsionaram o volume de serviços, como empresas de engenharia; de produção de festivais musicais; de transporte dutoviário; e edição de livros integrados à impressão”, disse Lobo.
“Por outro lado, temos visto incrementos de receita mais constantes em tecnologia da informação; agenciamentos de espaços de publicidade em mídias digitais; intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas e-commerce e administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade”, continuou Lobo, no informe. “A conjuntura econômica pode até potencializar o crescimento dos serviços, mas não explica sozinha o bom desempenho do setor”, completou ele.
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Fonte: Valor Econômico

