Por Valor — São Paulo
17/10/2023 12h02 Atualizado há 21 horas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, deve ir ao Egito nesta semana para tentar negociar o estabelecimento de um corredor humanitário para a saída de civis das zonas de conflito na Faixa de Gaza, segundo o “Financial Times” (FT).
O secretário-geral pediu no domingo pela “garantia do rápido e sem precedentes acesso à ajuda humanitária pelo bem dos civis em Gaza” em postagem no Twitter.
Segundo o “FT”, Guterres deverá se reunir com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi para negociar a criação de um corredor humanitário em Rafah, região que faz fronteira com Israel.
O Egito disse que aceita liberar a passagem de estrangeiros e cidadãos de dupla nacionalidade por Rafah em troca do envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Apesar dos apelos, Israel continua a bombardear a região sul da Faixa de Gaza, onde fica Rafah.
Ataques israelenses na madrugada de segunda para terça-feira no sul da Faixa de Gaza deixaram pelo menos 80 mortos.
Israel condiciona entrada de ajuda humanitária em Gaza à liberação de reféns
O conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzahi Hanegbi, condicionou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza à liberação dos reféns sob domínio do grupo terrorista Hamas. As informações foram divulgadas por ele em coletiva de imprensa televisionada nesta terça-feira (17).
Hanegbi disse que, caso a ajuda humanitária cair nas mãos do Hamas, a iniciativa “não vai existir”. Ele ressaltou ainda que a questão dos reféns é “sagrada” para Israel e parte importante da estratégia humanitária do país.
O Hamas disse na segunda-feira (16) que tem entre 200 e 250 reféns, enquanto Israel disse ter informação de 199 pessoas sob domínio do grupo terrorista.
Desde o início da guerra, Israel está barrando a entrada de água, alimentos e combustíveis na Faixa de Gaza por temer que eles sejam usados pelo Hamas. Segundo Hanegbi, Israel já concordou com a criação de um corredor humanitário no sul da Faixa de Gaza, mas que isso só irá acontecer com a garantia de que os reféns também recebam tratamento humanitário.
O conselheiro disse que, até o momento, não há negociação em curso com o Hamas para a liberação dos reféns.
Fonte: Valor Econômico

