• 17 Feb 2023
Prestes a completar um ano de sua invasão à Ucrânia, a Rússia já perdeu quase metade de seus tanques no conflito. A estimativa é do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, nas siglas em inglês), centro de estudos com sede em Londres.
Os quase 12 meses da guerra, segundo análise do instituto, mudaram “significativamente” o estoque da Rússia, com perdas de cerca de 50% de seus tanques T-72. O IISS avalia que o Exército russo perdeu 40% de sua frota de blindados préguerra, incluindo modelos mais antigos e mais modernos que o T-72.
Com a névoa da guerra, segundo o centro de estudos, é difícil determinar os números além de estimativas. O T-72 é, de longe, o tanque mais comum no arsenal da Rússia. Apesar das perdas, Moscou mantém uma reserva considerável de tanques mais antigos que podem permitir que suas forças continuem a avançar.
PRODUÇÃO. “A produção industrial continua, mas lenta, forçando Moscou a confiar em suas armas mais antigas armazenadas como substitutos”, disse o diretor do IISS, John Chipman, no lançamento do relatório anual.
O arsenal da Ucrânia também está diminuindo e sua frota de tanques, notavelmente menor, sofreu baixas em combate no ano passado. Algumas dessas perdas foram compensadas por tanques da era soviética que Kiev obteve de aliados, incluindo a Polônia.
Um fluxo constante de armas dos apoiadores ocidentais da Ucrânia tem sido fundamental para sustentar e atualizar seu estoque. “Canhões de design ocidental e artilharia de foguetes para a Ucrânia significam que seu Exército agora pode atacar a longa distância com projéteis mais precisos”, de acordo com o IISS.
Depois de meses de apelos de Kiev, os aliados da Ucrânia prometeram enviar dezenas de tanques pesados modernos, incluindo o M-1 Abrams, dos Estados Unidos, os tanques Leopard, de fabricação alemã, e tanques Challenger, do Reino Unido.
A sofisticação e a letalidade dos suprimentos de armas para a Ucrânia evoluíram durante a guerra, com Kiev agora passando a pedir caças. Mas as autoridades ocidentais dizem que é improvável que isso aconteça tão cedo.
O ritmo dos combates também está esgotando rapidamente os estoques de munição, levando os países da Otan a se concentrarem em aumentar a produção. Enquanto Kiev se prepara para uma renovada ofensiva russa e planeja lançar uma contraofensiva nos próximos meses, seus aliados esperam que as batalhas se intensifiquem.
A Rússia disparou 32 mísseis em direção à Ucrânia na noite de quarta-feira, atingindo em parte a infraestrutura crítica de Lviv, uma das principais cidades do oeste do país.
Autoridades afirmaram que 14 projéteis foram interceptados. Pelo menos uma pessoas morreu.
Fonte: O Estado de S. Paulo

