Publicado 7 maio, 2022Indique para um amigo
A pandemia da Covid-19 serviu de impulso para investimentos em pesquisa e também impactou os salários na indústria farmacêutica.
Os 15 CEOs com as maiores remunerações em 2021 receberam, ao todo, US$ 472 milhões em salários e bonificações – o equivalente a mais de R$ 2,5 bilhões.
As informações baseadas nos balanços das companhias, indicam que o primeiro colocado respondeu por 29% desse montante. Leonard Schleifer, que comanda a biofarmacêutica norte-americana Regeneron, teve direito a US$ 135,35 milhões, dos quais US$ 130 milhões correspondem a prêmios em ações.
Salários na indústria farmacêutica sob o impacto da inovação
Antes da pandemia, a Regeneron era reconhecida somente por acordos de cooperação com a Sanofi, mas a descoberta do coronavírus provocou uma guinada. Ao contrário de farmacêuticas que iniciaram a corrida por vacinas, o laboratório voltou sua atenção para terapias com anticorpos. Como resultado, teve faturamento recorde de US$ 9,2 bilhões e uma lucratividade de US$ 4 bilhões. E decidiu distribuir aos seus principais executivos cinco anos de prêmios de ações antecipados. Até o cientista-chefe George Yancopoulos foi contemplado com a bagatela de US$ 134 milhões.
Segundo lugar na lista, Stanley Erck, da também norte-americana Novavax, recebeu “apenas” US$ 48,07 milhões. O laboratório mira todos os seus esforços na vacina que fará parte do consórcio Covax-Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, frustrou as expectativas do mercado ao projetar para o terceiro trimestre o pedido de uso emergencial do imunizante.
Confira abaixo a lista dos top 15, que traz uma conclusão lamentável. Nenhuma executiva mulher integra essa relação. A mais bem paga foi Reshma Kewalramani, da Vertex, que faturou US$ 9,11 milhões, cerca da metade dos ganhos do antecessor. Já Emma Walmsley, da GSK, viu seu salário cair de US$ 11,25 milhões para US$ 9,7 milhões.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico