Por Associated Press — Ucrânia
21/09/2022 09h04 Atualizado há 15 minutos
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou uma mobilização parcial de reservistas no país nesta quarta-feira, arriscando uma medida profundamente impopular que segue uma série de reveses humilhantes para suas tropas quase sete meses após a invasão da Ucrânia.
É a primeira mobilização na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial e certamente alimentará ainda mais as tensões com os apoiadores ocidentais da Ucrânia. A medida também fez os russos correrem para comprar passagens de avião para fora do país.
O líder russo, em um discurso televisionado de sete minutos para a nação, transmitido na manhã de quarta-feira, alertou o Ocidente que ele não está blefando ao usar todos os meios à sua disposição para proteger o território da Rússia, no que parecia ser uma referência velada à capacidade nuclear da Rússia. Putin já havia alertado o Ocidente para não apoiar a Rússia contra o muro e repreendeu os países da Otan por fornecerem armas para ajudar a Ucrânia.
“Não é um blefe”, acrescentou.
O número total de reservistas a serem convocados pode chegar a 300 mil, disseram autoridades.
Em seu discurso, que foi muito mais curto do que discursos anteriores sobre a guerra na Ucrânia, Putin acusou o Ocidente de se envolver em “chantagem nuclear” e observou “declarações de alguns representantes de alto escalão dos principais integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a possibilidade de usar armas nucleares de destruição em massa contra a Rússia”.
Ele não identificou quem havia feito tais comentários.
“Aos que se permitem tais declarações em relação à Rússia, quero lembrar que nosso país também tem vários meios de destruição, e para componentes separados e mais modernos que os dos países da Otan e quando a integridade territorial de nosso país está ameaçada, para proteger a Rússia e nosso povo, certamente usaremos todos os meios à nossa disposição”, disse Putin.
Fonte: Valor Econômico

