Se os medicamentos pressionaram a inflação para cima em abril, os planos de saúde ainda ajudaram a evitar uma alta maior de preços
Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
11/05/2022 14h24 Atualizado há um dia
Com o reajuste anual de medicamentos, os produtos farmacêuticos tiveram alta de 6,13% em abril, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, responderam por 0,19 ponto percentual da taxa de 1,06% do IPCA no mês, ou 17,9% do índice. O reajuste, em vigor desde o dia 1º, autorizou aumentos de até 10,89%, dependendo da classe terapêutica.
“A alta do grupo de produtos farmacêuticos reflete o reajuste anual de medicamentos. As maiores variações vieram dos remédios hormonais (7,96%) e hipotensores e hipocolesterolêmicos (6,81%)”, aponta o analista do IBGE André Filipe Almeida.
Com o aumento de produtos farmacêuticos, a alta dos preços do grupo de saúde e cuidados pessoais acelerou de 0,88% em março para 1,77% em abril.
Se os medicamentos pressionaram a inflação para cima em abril, os planos de saúde ainda ajudaram a evitar uma alta maior de preços. O item teve deflação de 0,69% em abril, ainda refletindo o reajuste negativo de 8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado. A situação, no entanto, deve mudar. A ANS está para definir em maio o reajuste autorizado para os próximos 12 meses, de acordo com a data de aniversário do plano, e entidades do setor estimam um aumento em torno dos 16%.
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— Foto: Freestocks/Unsplash
Fonte: Valor Econômico