LONDRES, 17 de junho (Reuters) – Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira impulsionados pelo conflito entre Irã e Israel, embora as principais infraestruturas e fluxos de petróleo e gás ainda não tenham sofrido impactos substanciais.
Os contratos futuros do Brent subiram US$ 1,56, ou 2,1%, para US$ 74,79 por barril às 12h02 GMT. O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 1,42, ou quase 2%, para US$ 73,19.
Ambos os contratos subiram mais de 2% no início da sessão, mas também recuaram em meio à volatilidade antes de voltarem a subir.
Embora não tenha havido interrupção perceptível nos fluxos de petróleo, o Irã suspendeu parcialmente a produção de gás no campo South Pars — que compartilha com o Catar — após um ataque israelense ter provocado um incêndio no local no sábado. Israel também atingiu o depósito de petróleo Shahran, no Irã.
“O mercado está amplamente preocupado com uma possível interrupção através do (Estreito de) Hormuz, mas o risco disso acontecer é muito baixo”, disse Ole Hansen, analista do Saxo Bank.
Segundo Hansen, não há interesse em fechar essa via marítima, já que o Irã perderia receita e os Estados Unidos desejam preços de petróleo mais baixos e inflação menor.
Dois petroleiros colidiram e pegaram fogo nesta terça-feira nas proximidades do Estreito de Hormuz, onde interferências eletrônicas aumentaram, evidenciando os riscos para empresas que transportam petróleo e combustíveis na região.
Apesar do potencial de interrupções, há sinais de que a oferta de petróleo continua abundante, em meio às expectativas de menor demanda.
No relatório mensal divulgado nesta terça-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para baixo sua estimativa de demanda mundial de petróleo em 20 mil barris por dia (bpd) em relação à previsão do mês passado e aumentou a estimativa de oferta em 200 mil bpd, para 1,8 milhão de bpd.
Os investidores também estavam atentos às decisões sobre taxas de juros dos bancos centrais, afirmou Tamas Varga, analista da PVM Associates, em nota. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos EUA deverá discutir as taxas ainda nesta terça-feira.
Fonte: Reuters
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