A economia da zona do euro teve um crescimento marginal nos três meses encerrados em junho, segundo dados confirmados nesta sexta-feira, o que torna improvável que o Banco Central Europeu (BCE) reduza sua taxa de juros principal na próxima semana.
Entre os 20 países que compartilham o euro, o Produto Interno Bruto (PIB) foi 0,1% maior do que no primeiro trimestre, em linha com as estimativas anteriores. Isso representa uma forte desaceleração em relação à expansão de 0,6% registrada nos três primeiros meses do ano.
A desaceleração foi impulsionada pela Alemanha, maior economia da zona do euro. A produção da economia voltada para exportações caiu 0,3%, afetada por novas tarifas dos EUA, que prejudicaram a produção industrial e a confiança de empresas e consumidores.
Pedidos à indústria alemã caíram pelo terceiro mês consecutivo em julho, segundo dados separados divulgados pela autoridade estatística alemã nesta sexta-feira, evidenciando a demanda enfraquecida que afeta as fábricas do país.
Na zona do euro como um todo, a queda nas exportações e a redução nos investimentos atuaram como freios ao crescimento do PIB no trimestre. No entanto, os gastos das famílias, um elemento-chave nas decisões do BCE, continuaram a subir, o que provavelmente contribui para a cautela do banco central ao considerar se deve retomar os cortes nas taxas de juros.
Fonte: Valor Econômico

