A Pfizer pagará US$ 4,9 bilhões pela startup de combate à obesidade Metsera. Assim, a farmacêutica americana tenta alcançar fabricantes de medicamentos rivais após não conseguir competir com seus próprios medicamentos para perda de peso.
A companhia informou, nesta segunda-feira, que concordou em comprar a Metsera por US$ 47,50 por ação, além de pagamentos adicionais de até US$ 22,50 por ação, caso três marcos específicos e regulatórios sejam atingidos, com um valor potencial total de US$ 7,3 bilhões. O negócio representa um prêmio de 43% em relação ao preço de fechamento das ações da Metsera na sexta-feira (19).
A Pfizer está em processo de reconstrução após a pandemia, com a demanda por sua vacina e comprimido para covid-19 diminuindo, além de alguns dos principais medicamentos da empresa se aproximando do fim da vida útil da patente.
Os esforços da empresa para melhorar suas perspectivas de crescimento de vendas com um medicamento para obesidade fracassaram em grande parte, deixando a gigante farmacêutica à margem do mercado mais aquecido do setor.
“Acho que é inteligente da parte deles simplesmente se firmar e continuar a buscar o que claramente será a maior categoria terapêutica disponível”, disse o analista Jared Holz, da Mizuho Securities.
A Metsera, uma das várias empresas promissoras da próxima geração no combate à obesidade, está desenvolvendo uma série de medicamentos experimentais para perda de peso, incluindo uma injeção que pode ser tomada com menos frequência do que os medicamentos líderes de mercado da Eli Lilly e da Novo Nordisk.
Um medicamento, chamado MET-233i, ajudou pacientes a perder até 8,4% do peso em 36 dias em um estudo recente. O medicamento ainda está em estágio inicial de desenvolvimento, o que significa que levará vários anos para chegar aos pacientes.
O MET-233i “pode ter o melhor potencial da categoria contra a obesidade”, de acordo com Michael Shah, da Bloomberg Intelligence.
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Fonte: Valor Econômico