Por Nikkei — De Pequim e Xangai
19/04/2022 05h01 Atualizado 19/04/2022
A China ajudará montadoras de automóveis, fabricantes de chips e outras empresas importantes a voltarem aos trilhos após o lockdown de Xangai, cuja atividade econômica está sendo fortemente afetada pelo prolongamento das restrições contra a covid-19.
O Ministério da Indústria e Tecnologia da China e o governo de Xangai publicaram uma lista pré-aprovada de 666 empresas que receberão assistência para continuar ou reiniciar as operações na cidade. A lista inclui operadores de infraestrutura e prestadores de serviços médicos que atendem Xangai, assim como atividades cruciais para a economia do país.
As montadoras e seus fornecedores respondem por quase 40% das empresas da lista, mais do que qualquer outro setor, segundo informações da imprensa chinesa. Entre elas estão a Tesla e a SAIC Motor, que opera várias joint ventures com as principais fabricantes dos EUA e da Europa.
Empresas farmacêuticas e médicas representam quase 30% da lista, enquanto as companhias de semicondutores, energia e petroquímicas chegam a 10% do total.
Algumas companhias na lista, como a Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC) e a Baoshan Iron & Steel, continuaram operando durante o surto. Mas 45% das empresas pararam a produção, sendo que mais de 70% delas são do setor automobilístico.
A SAIC começou a se preparar para retomar a produção, o que depende da permanência de seus funcionários nas suas instalações e outras condições.
A cidade de Xangai registrou 22.248 novos casos de covid-19 no domingo. Apesar da desaceleração da propagação do vírus, as restrições de mobilidade permanecem em grande parte da cidade. As autoridades de Xangai estabeleceram como meta quebrar a propagação do vírus até amanhã.
Autoridades de saúde de Xangai disseram ontem que registraram três mortes por covid-19, as primeiras confirmadas desde o início do surto em março. Segundo as autoridades de saúde, as vítimas eram todas idosas – um homem de 91 anos e duas mulheres, de 89 e 91 -, tinham histórico de diabetes, doenças cardíacas e pressão alta e não tinham sido vacinadas.
Fonte: Valor Econômico

