O Wegovy (semaglutida), do mesmo princípio ativo do Ozempic, já chegou às farmácias brasileiras. O medicamento é utilizado para tratamento de obesidade e, assim como outros remédios tarja vermelha, precisa de prescrição médica.
A Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa, tem direito de exclusividade sobre semaglutida (composto do medicamento) até expirar a patente do produto, em 17 de julho de 2026. A partir daí, outros fabricantes poderão produzir similares com o mesmo princípio ativo.
O Wegovy foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023.
A medicação é uma solução injetável a ser usada pela via subcutânea e contém a substância ativa semaglutida, de acordo com a Anvisa. O composto imita o hormônio GLP-1, que é encontrado no intestino humano.
João Modesto, endocrinologista, explica que o que muda do Ozempic para o Wegovy é a dosagem. “Para perda de peso a dosagem é maior do que a usada para controle do diabetes. A dose máxima do Ozempic é de 1 mg, enquanto do Wegovy vai para 2,4 mg”, explica.
O Wegovy é um análogo do GLP-1 para tratar pessoas que vivem com obesidade e sobrepeso com ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, segundo a Novo Nordisk.
Segundo a farmacêutica, é recomendado para o tratamento de adultos com obesidade (IMC >= 30) ou sobrepeso (IMC >= 27) e ao menos uma comorbidade associada (como diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão) e crianças acima de 12 anos com obesidade e peso corporal acima de 60kg.
Halpern também explica que estudos recentes comprovaram que cerca de 30% dos pacientes conseguiam perder até mais do que 20% do peso, o que é uma perda extremamente significativa.
“E não é só perder peso: estudos em andamento e alguns já publicados mostram que há melhora de comordidades, como a apneia do sono, melhora da gordura hepática e doença hepática metabólica, melhora da osteoartrose, diminuição do risco de eventos cardiovasculares. Benefícios relacionados à perda de peso, e que mostram que tratar a obesidade é algo extremamente efetivo”, aponta.
Além disso, por se tratar de medicação tarja vermelha, só podem ser vendidos sob prescrição médica.
Fonte: Valor Econômico