Hypera (HYPE3): BB-BI corta preço-alvo e rebaixa recomendação para neutra

O BB-BI rebaixou a recomendação para ação da Hypera (HYPE3), fabricante de medicamentos cuja ação acumula queda 13% nos últimos 12 meses, de compra para neutra, uma vez que o preço corrente reflete o valor justo da empresa, de acordo com os analistas.

Segundo relatório, o fraco desempenho do papel se deve ao contexto envolvendo discussões acerca dos benefícios tributários a que faz jus, mudança no regramento dos juros sobre capital próprio, bem como um ambiente mais fraco para venda de antigripais e correlatos nos últimos trimestres, prejudicando o resultado da companhia.

Mantendo o tom pessimistas, os analistas reduziram o preço-alvo de R$ 45,90 para R$ 38,10, após incorporar os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2023 (3T23), as mudanças no tratamento das subvenções de ICMS trazidas pela Medida Provisória 1185/23 e atualização das premissas macroeconômicas.

A MP 1185/23 introduz uma nova sistemática de compensação de créditos tributários advindos de subvenção de investimento relacionada ao ICMS, incluindo a distinção entre custeio e investimento, o cumprimento de requisitos de habilitação, o estabelecimento de um prazo para ressarcimento do crédito fiscal não compensado, dentre outros aspectos.

Com isso, analistas entendem que atual dinâmica de compensação de benefícios fiscais praticada pela Hypera passará por mudanças, elevando o IRPJ/CSLL devidos pela companhia.

Em termos de lucratividade, o BB-BI projeta um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 3,267 bilhões em 2024 e 2025, com margem Ebitda ajustada de 35,9% em ambos os períodos.

Já para o lucro líquido, a previsão de R$ 1,896 bilhão neste ano e R$ 2,419 bilhões em 2025.

Por fim, o banco destaca que a tese de investimento da Hypera baseia-se no envelhecimento populacional favorecendo as vendas no setor farmacêutico, bem como na forte presença nacional da companhia no setor farmacêutico e nos principais segmentos de medicamentos.

Veja mais

Aquisição cancelada

A Novartis desistiu de comprar a biofarmacêutica americana Cytokinetics, em uma operação avaliada em US$ 9 bilhões. A desistência afetou as perspectivas do mercado por um acordo de compra do promissor desenvolvedor de medicamentos para o coração. A gigante suíça estava próxima de comprar a Cytokinetics com a intenção de incrementar suas pesquisas em biotecnologia. A americana está em processo de venda e é possível que outro candidato possa surgir.

Veja mais

Covid: CFM pede opinião médica sobre vacinação em crianças

O CFM (Conselho Federal de Medicina) está realizando uma pesquisa para ouvir a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid em crianças de seis meses a menores de cinco anos, o que vem causando polêmica no meio médico.

Neste ano, a vacina para esse público foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação. Desde a sua aprovação pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2022, ela enfrenta resistência de pais, motivada por notícias falsas, desinformação e por opiniões médicas contrárias à imunização.

Evidências científicas demonstram que a vacina é efetiva e segura para a faixa etária. Mais de 60 países já a adotam desde 2021. No entanto, até agosto, somente 11% dos brasileiros de até cinco anos estavam vacinados contra a Covid.

Em comunicado publicado nesta quinta (11), a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) disse que a pesquisa do CFM não trará nenhum benefício à sociedade.

Veja mais

Remédios devem indicar substâncias consideradas doping

O presidente Lula (PT) sancionou, sem vetos, o projeto de lei que obriga rótulos de medicamentos a indicarem a presença de substâncias consideradas doping.

A proposta foi aprovada em dezembro no Congresso e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12). Ela só entra em vigor, contudo, em 180 dias.

A proposta altera a lei de vigilância sanitária de medicamentos, de 1976, para constar o seguinte trecho: “Os medicamentos que contenham substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem deverão trazer obrigatoriamente alerta com essa informação nos rótulos, nas bulas e nos materiais destinados a propaganda e publicidade, na forma do regulamento.”

O objetivo da mudança é evitar em atletas o doping acidental –quando há, sem intenção, consumo de substância que melhor a performance esportiva, o que é irregular, segundo o Comitê Olímpico do Brasil.

Veja mais

Preço dos medicamentos ficou mais caro para 74% dos consumidores

Segundo pesquisa da Opinion Box, para 74% dos consumidores, os preços dos medicamentos ficaram muito mais caros nos últimos 12 meses até novembro de 2023. O setor é o segundo com maior percepção de avanço no preço, atrás apenas dos supermercados.

A pesquisa entrevistou 2.081 consumidores por meio da internet, sendo a maioria dos entrevistados formada por mulheres (51%), na faixa etária de 30 a 49 anos (45%), residentes no Sudeste (47%) e pertencentes às classes C, D e E (85%).

Veja mais