Ozempic: órgão da Europa descarta ligação com suicídio

O órgão regulador de medicamentos da União Europeia anunciou, nesta sexta-feira (12), após uma investigação de nove meses, não encontrou evidências de que a semaglutida, classe de medicamentos para diabetes e perda de peso, esteja associada a pensamentos suicidas.

A mesma análise já havia sido descartada em estudo nos Estados Unidos.

A semaglutida é o composto presente no Ozempic e Wegovy, da farmacêutica Novo Nordisk.

Após revisar as evidências disponíveis, o Comitê de Avaliação de Riscos de Farmacovigilância da agência, responsável por monitorar os efeitos colaterais dos medicamentos, declarou que não há necessidade de atualizações nas informações dos produtos. Após o anúncio dessas descobertas pela EMA (Agência Europeia de Medicamentos), as ações da Novo Nordisk, empresa farmacêutica dinamarquesa, aumentaram quase 2%.

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Indústria farmacêutica brasileira detém 33% do faturamento

As quatro representantes da indústria farmacêutica brasileira que encabeçam o ranking são responsáveis por 23% da receita gerada em farmácias. Mas enquanto Grupo NC e Eurofarma evoluíram dois dígitos – 13,4% e 11,1% – a Hypera Pharma teve o tímido incremento de 7,8%.

A Hypera, aliás vem convivendo com incertezas, especialmente após a queda na lucratividade no ano passado. Só nos últimos três meses de 2023, a receita líquida caiu 13%, o que teria sido reflexo do recuo nas vendas de antigripais e analgésicos. A oscilação que afetou o varejo, com escassez de crédito para redes pequenas e médias, também teria comprometido a formação de estoque.

Enquanto isso, a Eurofarma aproxima-se da segunda colocada. Seu desempenho teve como principais âncoras as unidades de prescrição, em especial de medicamentos oncológicos, genéricos e OTC. As aquisições de marcas e licenças da Sanofi concretizadas no segundo trimestre de 2023 – além da Genfar, Valda e Medimetriks – agregaram R$ 389 milhões à receita líquida.

Já o Aché, cuja alta foi de apenas 2,4%, procura apostar em parcerias com universidades e startups na busca por medicamentos inovadores que a diferenciem da concorrência. O programa Biosphera, um de seus braços de inovação aberta, tem nove projetos no pipeline.

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Fujifilm investirá R$ 23 bilhões em setor farmacêutico

O setor farmacêutico ganha cada vez mais os olhares da Fujifilm. A multinacional anunciou investimentos de 700 bilhões de ienes (cerca de R$ 23 bilhões) para ampliar a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos na Europa, Japão e nos Estados Unidos. As informações são do Valor Econômico.

A empresa é especializada na produção de produtos biofarmacêuticos utilizados para o tratamento de células cancerígenas. Sintetizados quimicamente, esse medicamentos são produzidos a partir de técnicas avançadas de engenharia genética, que requerem elevados investimentos em instalações de ponta.

Em 2022, a operação da empresa nessa área do setor farmacêutico foi considerada a quarta melhor do mundo. Com esses novos investimentos, a multinacional acirra a concorrência com a suíça Lonza, a chinesa Wuxi Biologics e a sul-coreana Samsung Biologics.

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Medicamentos e lojas de departamento puxam crescimento do varejo em fevereiro, diz IBGE

As vendas de medicamentos e de lojas de departamento foram as principais influências positivas para o crescimento do varejo em fevereiro, pela análise setorial do desempenho, afirmou o gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Cristiano Santos, ao comentar os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O volume teve alta de 1% em fevereiro, a segunda seguida, após crescimento de 2,8% em janeiro.

Dois segmentos do comércio foram os que mais pesaram nesse resultado: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (alta de 9,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (alta de 4,8%), onde estão as lojas de departamentos.

No caso de artigos farmacêuticos, foi a primeira alta de vendas após três meses de queda. Neste segmento, o impulso maior veio de medicamentos, enquanto houve estabilidade em produtos de higiene e beleza.

Já o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico – que além das lojas de departamentos, reúne também as lojas de brinquedos, de esportes e relojoarias – teve a segunda alta seguida, com alta acumulada de 12,1%.

“O que mais puxou o comércio em fevereiro foi o segmento farmacêutico, principalmente a parte de medicamentos, e o uso pessoal e doméstico, com dois meses de crescimento forte. A gente vem de uma base baixa de 2023, por causa da crise das lojas de varejo, que gerou fechamento de lojas físicas. E agora estamos vendo reabertura de lojas”, disse Santos.

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