A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu ainda mais a sua previsão para o crescimento da demanda de petróleo, à medida que se prepara para trazer de volta mais produção ao mercado, apesar dos preços globais mais fracos.
A entidade, com sede em Viena, espera agora que a demanda cresça 1,93 milhões de barris por dia este ano e 1,64 milhões de barris por dia em 2025, face aos 2,03 milhões e 1,74 milhões de barris por dia esperados anteriormente. Isto marca a terceira revisão descendente consecutiva do grupo.
A demanda ainda se mantém, em geral, em níveis saudáveis – bem acima da média histórica de 1,4 milhões de barris por dia registrada antes da pandemia – impulsionada por viagens aéreas e mobilidade rodoviária, bem como por atividades industriais, de construção e agrícolas, todos em níveis aquecidos, afirmou a Opep.
O cartel reduziu a sua previsão de crescimento chinês para 580 mil barris por dia este ano, face às expectativas anteriores de um crescimento de 650 mil barris por dia. Estima-se que a demanda mundial total atinja 104,1 milhões de barris por dia em 2024 e 105,8 milhões no ano seguinte.
O relatório desta segunda-feira (14) foi divulgado no momento em que os preços do petróleo anularam quase todos os ganhos obtidos na semana passada com as preocupações persistentes com a demanda de combustível na China, principal importador de petróleo, depois de o país não ter fornecido detalhes sobre a dimensão de um pacote de estímulo para reanimar a sua economia. O petróleo Brent, referência internacional do petróleo, é atualmente negociado em torno de US$ 77 o barril, enquanto o Brent está em torno de US$ 74 o barril.
Ainda assim, os mercados permanecem nervosos à espera da resposta de Israel à barragem de mísseis do Irã, temendo que esta possa atingir a infraestrutura petrolífera e potencialmente causar grandes perturbações em toda a região. O prêmio de risco geopolítico do petróleo é, no entanto, mitigado pela falta de perturbações materiais até agora e pela ampla capacidade disponível da Opep.
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Fonte: Valor Econômico

