Comprimidos são uma tecnologia essencial de última geração no crescente mercado de medicamentos potentes para obesidade
A Novo Nordisk A/S está fazendo parceria com a empresa de biotecnologia norte-americana Septerna Inc. no desenvolvimento de pílulas orais para obesidade, em um acordo potencialmente avaliado em até US$ 2,2 bilhões.
As duas empresas começarão com quatro programas de desenvolvimento que usam diferentes maneiras de potencialmente tratar obesidade, diabetes tipo 2 e outras doenças relacionadas à obesidade, disse, nesta quarta-feira (14), o fabricante dinamarquês do medicamento de sucesso para perda de peso Wegovy.
Os termos do acordo estão vinculados ao progresso e aos marcos alcançados e incluem mais de US$ 200 milhões em pagamentos antecipados e de curto prazo. No futuro, a empresa americana também poderá receber royalties sobre as vendas de quaisquer produtos aprovados.
As ações da Septerna subiram 63% às 9h31, horário de Nova York, elevando seu valor de mercado para pouco menos de US$ 500 milhões. As ações da Novo subiram até 2,2% após o anúncio. As ações da Novo caíram cerca de 51% no último ano, em meio à preocupação dos investidores com a competitividade da Novo no mercado de obesidade.
Os comprimidos são uma tecnologia essencial de última geração no crescente mercado de medicamentos potentes para obesidade. É uma área em que a Novo tem lutado para acompanhar a rival americana Eli Lilly & Co., que anunciou resultados promissores de um amplo estudo de seu próprio comprimido em pacientes com diabetes no mês passado.
A Novo está buscando aprovação regulatória para sua versão em comprimidos do Wegovy, mas o Wegovy em comprimidos está longe de ser um medicamento simples. Sua produção requer grandes quantidades de ingredientes ativos, e os pacientes precisarão tomá-lo meia hora antes de comer ou beber qualquer coisa pela manhã. A empresa já vende uma versão em comprimidos do Ozempic, que tem uma fração das vendas da versão injetável do medicamento.
A Septerna desenvolveu uma tecnologia que permite rastrear bilhões de moléculas potenciais, o que pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos direcionados a diferentes condições, disseram as duas empresas.
A colaboração proporcionará uma “oportunidade significativa para criar vários medicamentos orais potencialmente inovadores”, disse Jeffrey Finner, diretor executivo e cofundador da Septerna.
Fonte: Valor Econômico