A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) rejeitou, na última quarta-feira (20), o pedido da Novo Nordisk para incorporação do Wegovy ao tratamento da obesidade na rede pública. Após o parecer da Conitec, a farmacêutica dinamarquesa afirmou que “compreende o histórico de subfinanciamento do SUS”, além do desequilíbrio fiscal, de restrições orçamentárias e da “obsolescência dos mecanismos de incorporação vigentes”.
Custo do “irmão” do Ozempic nas farmácias varia a depender da concentração do princípio ativo do remédio e do ICMS de cada estado e pode passar de R$ 2 mil.
Por meio de nota, a Novo Nordisk destacou que o processo de consulta pública para incorporação contou com mais de 1,3 mil manifestações positivas à incorporação, incluindo organizações médicas, científicas e de pacientes.
“A Conitec reconhece que Wegovy é uma tecnologia inovadora, segura, eficaz e custo-efetiva – o custo do tratamento com este medicamento está dentro dos limites estabelecidos pelo regramento da própria comissão (limiar de custo-efetividade), considerando os resultados positivos que ele proporciona à saúde e à qualidade de vida da população elegível”, afirmou a farmacêutica.
A Novo Nordisk também ressaltou que os governos de Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro já disponibilizam em suas redes públicas o Saxenda, medicamento da companhia á base de liraglutida.
A companhia diz ainda “reafirmar seu compromisso com o enfrentamento da obesidade no Brasil”, destacando o caráter complexo e multifatorial da doença que “sobrecarrega o sistema de saúde pública”.
Fonte: Valor Econômico