O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou, nessa terça-feira (3), a decisão do Reino Unido de suspender algumas licenças de exportação ao país de armas usadas na Faixa de Gaza. O líder israelense descreveu a medida como “vergonhosa”.
“Essa decisão vergonhosa não mudará a determinação de Israel em derrotar o Hamas, uma organização terrorista genocida que assassinou brutalmente 1,2 mil pessoas em 7 de outubro, incluindo 14 cidadãos britânicos”, afirmou Netanyahu, em publicação nas redes sociais.
“O Hamas está mantendo mais de 100 reféns, incluindo 5 cidadãos britânicos. Em vez de apoiar Israel, uma democracia amiga que se defende contra a barbaridade, a decisão equivocada do Reino Unido apenas encorajará o Hamas”, completou o premiê.
A reação de Netanyahu acontece depois que o Reino Unido bloqueou, na segunda-feira (2), cerca de 30 licenças de venda de armas para uma variedade de itens, incluindo componentes de aeronaves militares, embora tenha insistido que a medida não afetaria a segurança israelense.
O anúncio do Reino Unido seguiu uma revisão do governo que encontrou possíveis violações do direito internacional humanitário por parte de Israel em sua ofensiva contra o Hamas na faixa de Gaza. O secretário de Defesa do Reino Unido, John Healey, afirmou, nesta terça-feira (3), que a medida não teria “impacto material na segurança de Israel”, e que o Reino Unido continuava a ser “um aliado firme” de Israel.
“Não se trata de fazer um gesto político, trata-se de seguir o estado de direito”, disse ele, em entrevista à “BBC”, acrescentando que o conflito em Gaza “exige que o governo revise as licenças que podem estar envolvidas”.
Fonte: Valor Econômico

