Até 2027, é esperado um crescimento adicional do setor de 57%
Por Agência O Globo — Rio
O bem-estar é um grande negócio global que teve uma receita de US$ 5,6 trilhões (R$ 27 trilhões) em 2022, de acordo com um novo relatório do Global Wellness Institute, um grupo líder na indústria. Até 2027, é esperado um crescimento adicional de 57%, atingindo US 8,5 trilhões (R$ 41,7 trilhões), cerca de duas vezes o Produto Interno Bruto da Alemanha.
Pesquisas da organização indicaram que, em 2013, esse faturamento era de apenas US 3,4 trilhões (R$ 16,8 trilhões). “Estamos surpresos com a resiliência da economia global do bem-estar e com o quão rapidamente ela se recuperou da pandemia”, disse Katherine Johnston, pesquisadora sênior do GWI, em um comunicado à imprensa.
Há várias estimativas sobre o verdadeiro tamanho da indústria do bem-estar. Por exemplo, um número frequentemente citado é de US$ 1,5 trilhão (R$ 7,36 trilhões), publicado pela consultoria McKinsey, em 2021. O bem-estar pode ser um rótulo genérico para uma grande variedade de negócios. Para seu relatório, o GWI definiu a indústria como “a busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levem a um estado de saúde holística.
Os gastos per capita em bem-estar são mais altos na América do Norte, atingindo US$ 5.108 (R$ 25.061) por ano — muito acima dos US$ 1.596 (R$ 7.830) da Europa.
Em sua pesquisa, o GWI desmembrou o bem-estar em várias categorias amplas, sendo a maior delas — cuidados pessoais e beleza — avaliada em US$ 1,08 trilhão (R$ 5,3 trilhões). Esse segmento inclui coisas como cuidados com a pele e salões de beleza para cabelo ou unhas. Logo atrás dessa categoria vem a alimentação saudável, nutrição e perda de peso, com US$ 1,07 trilhão (R$ 5,25 trilhões), o que não inclui o mercado em rápido crescimento para medicamentos de perda de peso prescritos, como o Ozempic.
Em uma das maiores mudanças desde antes da pandemia, os gastos com saúde pública, prevenção e medicina personalizada aumentaram significativamente, atingindo US$ 611 bilhões em 2022 (R$ 2,99 trilhões), em comparação com US$ 358 bilhões (R$ 1,75 trilhão) em 2019. O relatório inclui exames de saúde para covid-19 e câncer nessa métrica.
Um dos setores menores é o “bem-estar no local de trabalho”. Isso consiste em programas designados pelos empregadores com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar dos funcionários, como aulas fitness e educacionais. Ao contrário de muitos outros setores, esse mercado diminuiu desde 2019, de US$ 52,2 bilhões (R$ 256,11 bilhões) para US$ 50,6 bilhões (R$ 248,26 bilhões) em 2022, porque mais funcionários agora trabalham em casa e as corporações têm cortado custos.
Fonte: Valor Econômico