As negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza liderada por Estados Unidos, Egito e Catar chegaram a novo impasse e serão retomadas na próxima semana, apesar de a Casa Branca ter afirmado em nota que foi apresentada “a ambas as partes uma proposta de mediação consistente com os princípios estabelecidos pelo presidente Joe Biden no dia 31 de maio de 2024 e com a Resolução nº 2735 do Conselho de Segurança”.
O governo americano disse ainda que a nova proposta se baseava “em áreas de acordo” e preenchia lacunas restantes de uma maneira que permitia “uma implementação rápida do acordo”.
O tom otimista da Casa Branca em relação às negociações pode ser explicado pelo receio de Irã atacar Israel em resposta à morte de líderes de grupos apoiados pelo governo iraniano. Teerã já afirmou que consideraria não atacar Israel em caso de cessar-fogo definitivo e a pressa dos negociadores em chegar a um acordo visa interromper a ameaça iraniana.
O Departamento de Estado dos EUA disse nesta sexta que o secretário Antony Blinken viajará no sábado para Israel como maneira de aumentar a pressão em prol de um cessar-fogo.
“Altos funcionários dos nossos governos se reunirão novamente no Cairo antes do final da próxima semana com o objetivo de concluir o acordo nos termos apresentados hoje. Como os líderes dos três países declararam na semana passada: ‘Não há mais tempo a perder nem desculpas de qualquer parte para mais atrasos. É hora de libertar os reféns e detidos, iniciar o cessar-fogo e implementar este acordo’”, disse a Casa Branca em nota.
As novas tratativas para chegar a um acordo de cessar-fogo acontecem em um momento em que o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que mais de 40 mil palestino morreram na guerra.
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Fonte: Valor Econômico

