Por Rita Azevedo, Valor — São Paulo
27/09/2022 18h41 Atualizado há 2 horas
O mundo deve acompanhar nos próximos anos um momento de “quebradeira” de países que não é visto há pelos menos quatro décadas, afirmou Daniel Goldberg, ex-Farallon e hoje à frente da gestora Lumina Capital Management.
Para ele, enquanto famílias e empresas saíram relativamente bem da pandemia de covid-19, os governos “estressaram seus balanços” para conter os efeitos negativos da crise. A reestruturação de dívidas soberanas, assunto praticamente esquecido, vai voltar a ser comum nos noticiários, disse Goldberg em evento promovido pelo Credit Suisse nesta terça-feira (27).
“Agora que a gente tem dólar forte, uma taxa de desconto normalizando, Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] aumentando juros e acesso ao mercado reduzido, o efeito é uma quebradeira de governos”, afirmou. “[Os anos de] 2023 e 2024 serão anos onde vocês vão assistir à maior quantidade de reestruturações soberanas que o mundo já viu nos últimos 40 anos.”
Goldberg disse também que a Lumina está avaliando três ou quatro investimentos diretos em empresas de tecnologia “que estão saudáveis e em crescimento”, mas que não encontram agora um mercado de venture aberto.
Fonte: Valor Econômico

