A elevada demanda de investidores por crédito privado neste ano levou a Paramis Capital a atingir R$ 1,1 bilhão em ativos sob gestão em apenas três meses. No período, a asset independente abriu quatro fundos no segmento que tiveram forte captação. Agora, o CEO da Paramis, Danilo Ribeiro, quer ir mais alto. Planeja comprar gestoras menores de renda variável e lançar um fundo de venture capital (que investe em startups). “O modelo de asset puro sangue, que tem apenas uma estratégia, não é mais sustentável. Acreditamos em multiprodutos”, afirma.
A gestora abriu o ano com R$ 200 milhões em seus fundos, entre eles o imobiliário focado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), o PMIS11. Em abril, lançou o seu primeiro de crédito, o Legato, que tem liquidez diária. Em maio foi a vez do Tríade, com liquidez a cada 30 dias, e, em julho, do RIFF1, fundo de infraestrutura listado na B3, e o Cadenza, de perfil high yield, com liquidez em 90 dias.
Fundada há 15 anos, a Paramis atuava com assessoria financeira, gestão de fundos e operações estruturadas. Em fevereiro de 2023, se associou à InvestSmart — um dos maiores escritórios de assessores de investimentos vinculados à XP Investimentos e que tem R$ 20 bilhões sob custódia, 1,5 mil agentes associados em todo o país, 120 mil clientes e filiais em 80 municípios —, criou a divisão de gestão de recursos e iniciou crescimento acelerado.
Ribeiro afirma que a estratégia de comprar gestoras de renda variável foi pensada diante da demanda por investimentos na classe de ativos que tem chegado a partir da InvestSmart. No momento, ele tem três negociações em andamento. “É um bom momento para começar a estratégia. A gente acredita que a bolsa vai voltar a andar.” Já o fundo de venture capital virá como parte dessa diversificação e começará com US$ 5 milhões, a serem captados via área de gestão de fortunas da Paramis.
De acordo com o CEO, a gestora tem recebido mais recursos de investidores institucionais, que chegam pela InvestSmart, principalmente de multifamily offices, e hoje correspondem a 15% dos ativos sob gestão da Paramis. O restante, a grande maioria, vem do varejo, também por meio do escritório de assessores. Ribeiro afirma que a meta é que a receita das duas principais áreas, de gestão e de originação de crédito, se igualem nos próximos 12 meses.
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Fonte: Valor Econômico

