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A gestora de private equity (que compra participação em empresas) focada em investimento de impacto Lightrock acaba de reforçar seu time na América Latina com a contratação de Tatiana Sasson, ex- McKinsey. Com US$ 600 milhões investidos na região, incluindo em empresas como Dr.Consulta e em startups que já alçaram o posto de unicórnios, como Creditas, Frete.com e Dock, a Lightrock colocou como meta ampliar a presença regional. No mundo, os investimentos em tese de impacto já ultrapassam a marca de US$ 1 trilhão, segundo a gestora.
“Temos interesse em continuar crescendo na região. Tínhamos identificado uma carência de ter alguém focado em América Latina. Apesar de termos na nossa raiz o investimento de impacto e mesmo olhando teses parecidas no mundo, cada região tem suas particularidades”, diz o sócio-executivo e chefe da Lightrock para América Latina, Marcos Wilson Pereira, lembrando que globalmente a firma tem o olhar em investimentos em “pessoas, produtividade e planeta”. Sasson chega para ocupar, assim, o cargo de chefe de Impacto da Lightrock na região latina.
Diferentemente dos investimentos classificados como “ESG” (sigla para ambiental, social e governança), os de impacto tem o olhar em empresas que têm a intenção de gerar impactos sociais ou ambientais, por exemplo, mas de forma que seja mensurável e ainda com retorno financeiro. O olhar, segundo Sasson, está ainda em endereçar problemas estruturais, tais como clima, infraestrutura e ganho de eficiência em setores específicos. O retorno financeiro do investimento precisa ainda estar em linha com o mercado. “Há muita oportunidade fora da Faria Lima”, diz a executiva.
O investimento focado em impacto, segundo os executivos, tem ganhado força globalmente, com o tema renovando apelo até mesmo por conta de tragédias ambientais, como a no Rio Grande do Sul, algo que tem feito que uma gama maior de investidores se voltem ao tema. “Há muitos desafios estruturais que precisam ser endereçados”, afirma Sasson.
Segundo a executiva, a Lightrock tem o olhar voltado para empresas com tese de impacto, mas já maduras, o que acaba subindo a régua na hora dos investimentos. Com uma plataforma com investimentos globais, a estratégia de geração de valor se faz também bastante presente nas investidas. Atualmente, a Lightrock investe em 14 países.
Seguindo a média do mercado de private equity, a Lightrock tem, no geral, um mandato de ficar nas empresas entre cinco e sete anos. No geral, são compradas posições minoritárias, mas relevantes, em que a presença da gestora vai se fazer presente.
No mundo, a Lightrock tem atualmente cerca de US$ 5 bilhões, com seis escritórios espalhados em quatro continentes: Europa, Ásia, América Latina e África. A casa iniciou o processo de investimento de impacto em 2009.
Fonte: Valor Econômico

