Empresa informou que conselho de administração reprovou proposta de fusão da EMS e deixou claro que a oferta, considerada hostil, não foi bem recebida por João Alves de Queiroz Filho, o Junior
PorBeth Koike e Fernanda Guimarães
, Valor — São Paulo
As ações da HyperaCotação de Hypera operam em alta de 1,79%, nesta quinta-feira (24), cotadas a R$ 27,81, com um volume de negócios de R$ 793,3 milhões – bem acima do montante de quarta (23), que ficou em R$ 291,6 milhões. Os papéis chegaram a entrar em leilão.
Segundo fontes, o próprio João Alves de Queiroz Filho, conhecido Junior, fundador da Hypera, está comprando papéis da companhia, uma vez que, com a negativa da oferta de fusão proposta pela EMS, na manhã desta quinta, já está liberado para adquirir as ações no mercado. Há ainda outros investidores fazendo esse movimento, apostando na alta do papel caso ocorra nova oferta da EMS.
É também um caminho para Júnior aumentar sua fatia, que, até então, era de 21,38%. Junior e o grupo mexicano Mairoren, que formam um bloco de controle, detêm uma participação, hoje, de 36%. Além disso, o empresário blinda uma queda que era esperada com a rejeição de combinação de negócios com a rival. Procurada, a Hypera não comentou.
Oferta “hostil”
A Hypera informou cedo que seu conselho de administração reprovou, por unanimidade, a proposta de fusão da EMS e deixou claro que a oferta, considerada hostil, não foi bem recebida por Júnior. Ainda segundo fontes, Carlos Sanchez, da EMS, que, nos últimos meses, vinha comprando ações da Hypera no mercado e, atualmente, possui em torno de 3% da farmacêutica – hoje, não está adquirindo os papéis.
Sanchez passou os últimos dias conversando com os demais acionistas da Hypera para convencê-los do valor da companhia combinada. A EMS fez a proposta na segunda-feira (21), quando as ações da Hypera despencavam 16%. A companhia havia anunciado, na sexta-feira (18), uma reestruturação para reduzir seu estoque prevendo menor Ebitda e que iria parar de fornecer projeções financeiras. Mais recente Próxima Mesmo se licenciada hoje, exploração na Foz do Amazonas só teria início ano que vem, diz Petrobras
Fonte: Valor Econômico