A Johnson & Johnson (J&J) fechou a compra da Halda Therapeutics, uma farmacêutica de capital fechado especializada em medicamentos contra o câncer, por US$ 3 bilhões, em sua mais nova aquisição de uma empresa de biotecnologia.
O negócio acontece em meio a uma onda de aquisições de empresas de biotecnologia, à medida que os grandes grupos farmacêuticos buscam compensar as potenciais perdas com a expiração de patentes de medicamentos de grande sucesso.
Um total de 23 aquisições farmacêuticas avaliadas entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões foi anunciado este ano até agora, colocando 2025 no caminho de um recorde, segundo a DealForma, empresa que monitora o setor.
A empresa de biotecnologia de Connecticut despertou o interesse de outras grandes farmacêuticas, incluindo a Novartis.
O negócio acrescentará mais um medicamento oncológico ao amplo portfólio de tratamentos contra o câncer da J&J. O principal fármaco da Halda – um tratamento de precisão para câncer de próstata metastático, uma das formas mais letais da doença – está em fase inicial de testes.
“Esta aquisição reforça ainda mais a profundidade da nossa linha oncológica, com um ativo promissor para câncer de próstata e uma plataforma capaz de tratar vários tipos de câncer e doenças além da oncologia”, disse Jennifer Taubert, presidente global de medicina inovadora da Johnson & Johnson.
A J&J é uma entre várias farmacêuticas que enfrentam perdas de receita com o vencimento de patentes de medicamentos campeões de vendas. A necessidade de renovar seus portfólios estimulou várias disputas públicas por empresas de biotecnologia, com dois negócios avaliados em US$ 10 bilhões ou mais apenas no último mês.
Este ano, a J&J fechou a compra da fabricante de medicamentos para neurociência intracelular Therapies por US$ 14,6 bilhões, o maior negócio do ano na área de biotecnologia. No mês passado, a J&J também disse que pretende desmembrar sua divisão de ortopedia como parte de esforços contínuos para reestruturar sua área de tecnologia médica.
No ano passado, a Halda levantou US$ 126 milhões em uma rodada de financiamento junto a um consórcio de investidores que incluiu a Ra Capital Management, elevando para mais de U$ 200 milhões o total captado até hoje.
Fonte: Valor Econômico