Em 12 meses, porém, índice de preços segue em alta, com taxa de dois dígitos
Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
09/08/2022 09h04 Atualizado há 52 minutos
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Marcos Santos/USP Imagens
Puxada por uma queda de 15,48% no preço da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,68% em julho, após alta de 0,67% um mês antes. É a menor taxa mensal de toda a série histórica do índice, iniciada em 1980. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de julho foi ainda menor que a mediana das projeções de 36 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de queda de 0,65%. O resultado ficou dentro do intervalo das projeções, que ia de baixa de 0,88% a recuo de 0,48%.
Já o resultado acumulado em 12 meses atingiu a marca de 10,07%, permanecendo em dois dígitos desde setembro de 2021 (10,25%). A mediana das estimativas do Valor Data era de alta de 10,10%, com projeções entre 9,85% e 10,29%.
De janeiro a julho, o IPCA acumula elevação de 4,77% em 2022. Em julho de 2021, o IPCA teve alta de 0,96%.
O preço da gasolina caiu 15,48% e o do etanol recuou 11,38%. A queda da gasolina foi o maior impacto individual no índice, de -1,04 ponto percentual (p.p.) da taxa do IPCA.
Difusão
A inflação se espalhou menos pelos produtos e serviços que compõem o IPCA em julho. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, saiu de 66,6% em junho para 62,9% um mês depois, menor percentual desde março de 2021 (62,6%), segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta.
Excluindo alimentos, grupo considerado um dos mais voláteis, o indicador passou de 70,3% para 65,6%, menor desde julho de 2021 (63,2%).
O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de uma 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Fonte: Valor Econômico