Uma pesquisa realizada pela consultoria WTW apontou que a quantidade de pessoas que se sentem esgotadas no trabalho diminuiu de 30% em 2022 para 27% 2024. O estudo coletou 45 mil respostas de 29 países. No Brasil, foram ouvidos 1 mil trabalhadores.
Ao todo, 22% dos profissionais entrevistados declararam que se sentem pressionados a trabalhar muitas horas. E 36% relataram que costumam trabalhar durante as horas livres.
Walderez Fogarolli, diretora de gestão de saúde da WTW, explica que existem diferentes fatores de risco psicossociais no ambiente de trabalho. Segundo ela, esses riscos estão divididos em duas linhas: internos e externos.
“No caso dos internos, os fatores geralmente estão relacionados ao modelo de governança, que impacta atribuições de papeis e responsabilidades, comunicação não assertiva, assédio moral, medo de se expressar, além de questões relacionadas ao ambiente de trabalho, como periculosidade, horas de trabalho excessiva e relações conflituosas”, pontua. “Já nos externos, temos fatores relacionados ao cenário, como rápidas mudanças tecnológicas, mobilidade – que cria uma maior diversidade entre trabalhadores com diferentes origens e culturas – e cadeia de suprimentos, por exemplo”.
O estudo descobriu algumas tendências presentes naqueles que se sentem esgotados. Segundo o levantamento, esses trabalhadores apresentam maior probabilidade de:
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Fogarolli alerta que as empresas devem focar em algumas ações para ajudar esses profissionais. “Por exemplo, é importante estabelecer a cultura de bem-estar como propósito da organização, trabalhando o reconhecimento, desenvolvimento, inclusão e diversidade; capacitar os líderes, para que eles façam uma comunicação-não violenta e que consigam trabalhar temas difíceis; e atuar em programas preventivos de saúde física e emocional, além de dar suporte atendimento assistencial”, detalha.
Além disso, ela diz, é importante extrapolar o ambiente corporativo, conectando o bem-estar com programas sociais ou de preservação ambiental, por exemplo. “E, talvez, um dos pontos mais importantes é ensinar as pessoas a serem felizes, praticando princípios da felicidade, como emoções positivas, engajamento, realizações, significado e vitalidade”, completa.
Fonte: Valor Econômico