Hedge funds foram pegos no contrapé pelo rali do petróleo da semana passada após montarem posições vendidas recordes em Brent pouco antes de novas sanções dos EUA a gigantes de energia russas fazerem os preços dispararem, segundo reportagem da Bloomberg citando dados da ICE Futures Europe.
Os dados mostram que gestores (“money managers”) aumentaram as apostas baixistas em Brent em 40.233 lotes, para 197.868, na semana até 21 de outubro — a maior posição líquida vendida já registrada. O posicionamento refletia expectativas de um excesso de oferta crescente, com volumes em armazenamento flutuante (em navios-tanque) em alta e projeções apontando para um superávit sustentado.
Essas expectativas foram derrubadas quando Washington sancionou, de forma inesperada, a Rosneft PJSC e a Lukoil PJSC, reduzindo os fluxos de petróleo russo para grandes compradores, incluindo Índia e China. Analistas da Rystad Energy estimam que as medidas possam interromper até 600.000 barris por dia da produção russa, apertando os mercados e sustentando os preços.
O timing deixou os hedge funds do lado errado da operação, à medida que os futuros de petróleo dispararam em resposta ao anúncio.
Os dados da ICE oferecem um raro vislumbre do posicionamento especulativo em meio à atual paralisação do governo dos EUA (US government shutdown), que suspendeu os relatórios semanais oficiais sobre estoques de petróleo nos EUA. Em setembro, os gestores já mantinham exposição comprada (bullish) em mínimas históricas — uma postura que pode se mostrar onerosa se a oferta apertar ainda mais.
Fonte: HedgeWeek
Traduzido via ChatGPT

