2023-04-10 11:54:38.235 GMT
Por Fernando Travaglini
(Bloomberg) — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer colocar seu secretário Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central assim que terminar o mandato de Roberto Campos Neto, no fim de 2024, segundo o colunista do Globo, Lauro Jardim. Uma das possibilidades levantadas seria indicar Galípolo para uma das duas vagas de diretoria que ficarão vagas em dezembro deste ano, para que ele assuma a presidência um ano depois, de acordo com o jornal, que não diz como obteve a informação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na quinta-feira que suas escolhas para as duas vagas na diretoria do Banco Central que já estão vagas se alinharão aos “interesse do governo”. “É importante saber que nós vamos indicar pessoas de acordo com os interesses do governo e pessoas da mais alta responsabilidade porque nós não vamos brincar com a economia”, disse o presidente em encontro com jornalistas no Palácio do Planalto.
Nesta segunda, Lula reúne os ministros para encontro sobre os 100 dias de governo. O presidente viaja à China nesta semana.
Arcabouço no Congresso
Outra expectativa é pelo envio do arcabouço fiscal. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, havia dito na semana passada que o arcabouço fiscal seria entregue ao Congresso até esta terça-feira. O governo ainda discute alguns pontos, segundo os jornais. A ideia é enviar junto com a LDO, cuja data limite prevista em lei é o dia 15 deste mês.
O ministério da Fazenda definiu que o arcabouço fiscal vai considerar a variação da receita entre julho e junho do ano seguinte para o teto de despesas, de acordo com o Valor, sem dizer como obteve a informação. O governo também pretende vincular os pisos previstos na Constituição para saúde e educação a uma regra de gasto por habitante, para que fiquem menos sujeitos à variação dos ciclos da economia, diz o Estado.
Em artigo no Correio Braziliense em 9 de abril, o presidente Lula diz que “formulamos um marco fiscal realista e responsável, que mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam no orçamento”.
Mais medidas
Governo quer discutir no segundo semestre deste ano uma nova regra que dê maior estabilidade aos gastos obrigatórios, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à Folha. Segundo ele, é necessário uma regra mais sustentável e consistente. A discussão deve ocorrer após a reforma tributária.
Lula também prepara uma série de medidas que miram a classe média, depois de relançar programas sociais voltados aos mais pobres nos primeiros cem dias de governo, de acordo com o Globo.
Fonte: Bloomberg

