O governo federal ampliou nesta quarta-feira (14) em R$ 42,7 bilhões a política industrial lançada no começo do ano. Com isso, o volume de recursos do conjunto de propostas da Nova Indústria Brasil (NIB), como são oficialmente chamadas as propostas, chegará a R$ 342,7 bilhões. Além disso, o governo federal divulgou as cadeias produtivas prioritárias e metas da área de saúde da NIB.
Conforme publicado pelo Valor em julho, a NIB vinha passando por aprimoramentos, depois de críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no lançamento das propostas, ainda em janeiro. Uma das críticas dizia respeito à falta de metas mais claras a serem perseguidas.
Os R$ 42,7 bilhões adicionais virão do Banco do Nordeste (R$ 16,7 bilhões), do Banco da Amazônia (R$ 14,4 bilhões) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep, com R$ 11,6 bilhões). Banco do Nordeste e Banco da Amazônia não faziam, até ontem, parte da NIB, que também conta com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Em entrevista concedida ao Valor em janeiro, o vice-presidente e titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, já tinha afirmado que o montante de recursos da NIB poderia superar os R$ 300 bilhões.
A maior parte dos R$ 342,7 bilhões será desembolsada por empréstimos, previstos para serem realizados até 2026. Parte da quantia foi distribuída ainda no ano passado, antes do lançamento oficial da NIB.
No total, a NIB contempla seis “missões”, ou áreas principais, entre as quais estão cadeias agroindustriais, sustentáveis e digitais, saúde e infraestrutura.
A área saúde foi a primeira cujas cadeias prioritárias e metas foram divulgadas, também ontem. As cadeias, no caso, são: medicamentos e princípios ativos biológicos; vacinas, hemoderivados e terapias avançadas; dispositivos médicos. Já entre as metas está aumentar a produção dentro do país das “necessidades nacionais”, atualmente em 45%, para 50% até 2026 e 70% até 2033. São classificados como necessidades nacionais “medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde”.
Ao todo, Mdic, outros 19 ministérios, BNDES e 21 entidades da sociedade civil participaram desde o ano passado da elaboração da NIB.
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Fonte: Valor Econômico