O foco da companhia continua sendo os exames de medicina diagnóstica e procedimentos ambulatoriais nas áreas de ortopedia, oftalmologia, infusão de medicamentos, oncologia, entre outros
Por Beth Koike, Valor — São Paulo
O Fleury não pretende ter hospitais de alta complexidade. O foco da companhia continua sendo os exames de medicina diagnóstica e procedimentos ambulatoriais nas áreas de ortopedia, oftalmologia, infusão de medicamentos, oncologia, entre outros.
“A maior parte dos pacientes saudáveis ou com doenças crônicas demanda atendimento ambulatorial. É esse espaço que crescemos crescer”, disse Jeane Tsutsui, presidente do Fleury, que realiza evento para investidores e analistas.
Segundo Jeane, o mercado potencial dos atendimentos ambulatoriais é de R$ 50 bilhões por ano. Esse valor refere-se às áreas de oncologia, ortopedia, oftalmologia, infusões e fertilidade. A aposta da companhia em atendimento ambulatorial deve-se ao envelhecimento da população, que tende a demandar mais tratamentos para doenças crônicas. A executiva informou que a prevalência das principais doenças crônicas é 119% maior em população idosa.
Há alguns anos, a companhia vem promovendo aquisições de clínicas médicas em áreas como ortopedia, oftalmologia, fertilidade, infusões, além de hospital dia (assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial). Esse braço já representa cerca de 10% da receita do Fleury.
Com isso, o Fleury não tem planos de seguir o mesmo caminho da Dasa que promoveu várias aquisições de hospitais, participando de uma outra parte da cadeia de saúde.
Segundo Edgard Rizatti, presidente da área de novos negócios do Fleury, há oportunidades de expandir os serviços médicos ambulatoriais, que hoje estão concentrados em São Paulo, para outras praças do país, e para outros públicos. Hoje, a maior parte dos pacientes é do público premium ou intermediário alto.
A companhia ainda não tem mensurado o percentual de pacientes que realizam exames no Fleury e convertem para as clínicas do grupo. Esse levantamento está em elaboração, segundo Jeane.
Fonte: Valor Econômico