Pretensão foi anunciada, ontem, em Luanda, pelo líder da firma, Carlos Sanchez, no final de uma audiência com o Presidente João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta
- Jornal de Angola
- 20 Mar 2025
- César Esteves
no ramo farmacêutico brasileiro, EMS, quer abrir, o mais breve possível, uma indústria em Angola, com o objectivo de tornar o país auto-suficiente na produção de medicamentos.
A pretensão foi anunciada, ontem, em Luanda, pelo presidente e proprietário da multinacional brasileira, Carlos Sanchez, no final de uma audiência com o Chefe de Estado, João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta.
Carlos Sanchez, que conversou com os jornalistas, no termo do encontro, não precisou quanto a EMS pensa investir em Angola para o surgimento dessa indústria farmacêutica, mas garantiu que será o suficiente para que Angola passe a ter uma produção de medicamentos capaz de atender às suas necessidades e da região.
“Vamos investir o necessário para que Angola tenha, realmente, uma produção importante de medicamentos não só para o país mas, num futuro próximo, também, para a região”, adiantou o líder da EMS, tendo revelado que este foi o tema essencial da sua reunião com o Presidente João Lourenço.
Neste momento, reforçou Carlos Sanchez, decorrem conversações avançadas entre a sua equipa e o Governo angolano sobre a localização da zona onde o projecto deverá ser implementado.
Pertencente ao “Grupo NC”, um dos maiores conglomerados brasileiros, a EMS é líder do mercado farmacêutico brasileiro há 17 anos consecutivos. A empresa, fundada há mais de 59 anos e com capital 100 por cento nacional, foi a primeira a produzir e a comercializar genéricos para o consumidor brasileiro, em 2000, e comprovar a confiabilidade e segurança desses medicamentos.
A EMS ocupa, desde 2013, uma liderança no segmento de genéricos e está entre os maiores laboratórios em preferência prescritiva no Brasil.
A empresa tem uma forte presença em todo o país, actuando nas áreas de prescrição médica, genérica, medicamentos de marca, assim como o fabrico de produtos para, praticamente, todas as especialidades da Medicina. A farmacêutica possui, ainda, o maior portfólio do sector.
A empresa farmacêutica atribui este sucesso ao investimento constante em pesquisa e desenvolvimento, à infra-estrutura fabril, à agilidade e pioneirismo no lançamento de produtos, à sinergia entre as diversas unidades de negócio, ao foco constante e crescente inovação e no talento de milhares de colaboradores. De acordo com a revista Forbes , Carlos Sanchez, o líder da EMS , contava, em 2020, com um patrimônio estimado em 1,6 biliões de dólares, sendo considerado uma das pessoas mais ricas do Brasil.
Mais direito à saúde
De recordar que o Conselho de Ministros apreciou, em Novembro do ano passado, para envio à Assembleia Nacional, uma proposta de lei sobre investigação clínica e biomédica, destinada a conferir um melhor enquadramento legal e assegurar a produção de conhecimentos, com vista a garantir o direito à saúde dos cidadãos.
Esta proposta visa, no essencial, garantir a protecção das pessoas envolvidas na investigação clínica, contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde, facilitar o acesso da população aos benefícios do avanço do conhecimento e facilitar a implementação da indústria farmacêutica em Angola.
Nome do Artigo:Farmacêutica brasileira quer investir em Angola
Publicação:Jornal de Angola
Autor:César Esteves
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