Publicado 19 julho, 2022
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Em um cenário de falta de insumos para a produção de medicamentos, o mercado financeiro começa a ver com restrições o desempenho da indústria farmacêutica nacional. E a Blau é uma das vítimas dessas projeções pessimistas.
As ações da farmacêutica na Bolsa de Valores acumularam uma desvalorização de 51,24% nos últimos 365 dias. Só na última sexta-feira, dia 15, a queda foi de 1,31% e as ações passaram a ser avaliadas em R$ 26,30. As informações são do portal Investing.com.
Embora os analistas sinalizem uma previsão de alta de 77% nos próximos 12 meses, as atuais perspectivas para a Blau teriam sido o estopim para uma dança das cadeiras na companhia. Rogério Ferreira, que ocupava o cargo de diretor administrativo-financeiro e de relações com investidores, apresentou sua renúncia e permanecerá na função até 14 de agosto, dando lugar a Douglas Rodrigues – que hoje atua como CFO da farmacêutica na América Latina.
Já Roberto Carlos de Campos Morais teve sua designação modificada de diretor de operações para diretor de M&A. Na prática, ele conciliará essa função com a liderança da companhia na América do Norte.
Falta de insumos derruba lucro da Blau
O mercado acredita que a tendência dos três primeiros meses do ano se repitam no balanço do segundo tri. Na oportunidade, a falta de insumos em função da dependência internacional de matéria-prima derrubou em 29% o lucro líquido da Blau. A receita de R$ 313 milhões no período também registrou uma queda de 4%.
A farmacêutica associou a queda à carência de insumos. A venda de imunoglonulina, por exemplo, caiu 80% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A Blau alega que, se não fosse a falta de suprimentos, teria registrado um avanço em sua receita líquida na casa dos 13,4% na base anual.
Além disso, custos mais altos e um cenário competitivo pior em medicamentos oncológicos e de especialidades devem afetar as margens.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico